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Saúde do servidor: ginecologista aborda a Síndrome do Ovário Policístico

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Publicado em:  23/10/2019

Toda mulher que inicia o estágio reprodutivo já ouviu falar sobre um distúrbio que acomete os ovários femininos. A Síndrome do Ovário Policístico (SOP) é uma patologia endocrinológica que provoca alteração dos níveis hormonais, levando à formação de cistos nos ovários que fazem com que eles aumentem de tamanho, além de trazer diversos sinais físicos. Para ajudar a esclarecer os sintomas, tratamento e forma de prevenção, a edição do projeto Saúde do Servidor deste mês recebeu a ginecologista, Suely da Costa, da Fundação Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de São Gonçalo (FUNASG) para abordar este tema.

“Essa síndrome é uma infecção de atinge os ovários e provoca alterações hormonais nas mulheres, muitas vezes, ainda quando são adolescentes. É uma doença caracterizada pela menstruação irregular, alta produção de testosterona (hormônio masculino) e a presença de cistos nos ovários que, sem tratamento, podem aumentar de tamanho e gerar consequências como a dificuldade de engravidar. As mulheres descobrem a síndrome entre 20 e 30 anos de idade, mas os primeiros sintomas aparecem logo nos primeiros ciclos menstruais ainda na adolescência.”, afirma Suely.

Segundo dados divulgados pela revista Veja em 2018, a SOP atinge 18% das mulheres em idade fértil, sendo que no Brasil há cerca de 2 milhões de novos casos por ano. Esses números comprovam que é um problema que atinge grande parte do gênero feminino atualmente.

A falta crônica de ovulação ou a deficiência dela é o principal sinal da síndrome, mas pode vir acompanhado de outros, como: atrasos na menstruação (desde a primeira ocorrência do fluxo); aumento de pelos no rosto, seios e abdômen (insurtismo); obesidade, acne e em casos mais raros a queda de cabelo. Entretanto, há casos de mulheres que possuem o ovário policístico mas não a síndrome, assim como mulheres que apresentam apenas os sintomas, como afirma Suely.

“Cerca de 20% ou 30% das mulheres têm ovário policístico, embora apenas de 5% a 10% delas manifestem a síndrome. Logo, as outras são assintomáticas, ou seja, menstruam normalmente, têm filhos e não apresentam os outros sintomas. Um dia, porém, fazem um ultrassom e descobrem que possuem ovários policísticos. Além de haver mulheres que já saíram da puberdade e continuam tendo muitos pelos e acnes no corpo, incomum e um indício da síndrome, mas não quer dizer que tenha mesmo”, explica.

A síndrome apenas abrange as mulheres e ainda não há uma causa específica pelo surgimento. Estudos afirmam que pode envolver componentes genéticos, assim como uma possível ligação entre a doença e a resistência à insulina no organismo, gerando um aumento do hormônio na corrente sanguínea que provocaria o desequilíbrio hormonal.

“Digo por minhas consultas, a cada dez mulheres, cinco apresentam a síndrome. A grande questão é ser uma patologia, às vezes, muito difícil de identificar, principalmente em meninas jovens quando os ovários já são maiores que o da fase mais adulta. Tem casos que uma mulher apresenta a síndrome, mas os sintomas são mais leves, dificultando o diagnóstico. Essa síndrome pode gerar outros problemas de saúde, por isso ela é tão importante de ser reconhecida e tratada. Logo, o indicado é fazer um combinado de exames e, caso apresente alguns dos sintomas citados, é necessário fazer o exame clínico, o ultrassom ginecológico e os exames laboratoriais. Apenas assim é possível ter um resultado eficiente para dar início ao tratamento”, reitera Suely.

Tratamento

A síndrome dos ovários policísticos tem tratamento e, quanto antes ele for iniciado, menores são as chances de a doença causar consequências. Para ser diagnosticada é preciso que a paciente apresente dois ou três sintomas combinados e assim iniciar um tratamento com a pílula anticoncepcional que ocasionará que o cisto seja regredido ou pare de crescer. Do mesmo modo que medicamentos para as alterações que acompanham.

“Os sintomas variam e nem sempre todos aparecem em uma mesma pessoa, por isso, para tratamento deve ser analisado individualmente. Uma dos fatores para tratar a síndrome é a perda de peso através da mudança no estilo de vida e atividade física”, complementa Suely.

Projeto

O “Saúde do Servidor” trabalha com uma temática vivenciada no dia a dia dos servidores, seus dependentes e da população em geral. Todo mês, um profissional da Fundação Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de São Gonçalo (FUNASG) desmistifica um assunto e o torna mais acessível ao público. O intuito é levar dicas de especialistas aos gonçalenses, com ênfase na multiplicação de informações úteis e relevantes.

A FUNASG tem como objetivo prestar assistência à saúde do servidor municipal. As marcações de consultas podem ser feitas pelo site ou pelos telefones 21-3513-7383 e 21-3513-7202, cujos atendimentos são para os servidores e dependentes regularmente inscritos no órgão.

Autor: Raquel Muniz
Foto: Jonas Guimarães
Fonte: Ascom

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