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Unidade de saúde de São Gonçalo participa de programa federal

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Publicado em:  23/08/2021

Pronto Socorro Central é selecionado para projeto de prevenção de infecções em UTIs

O Pronto Socorro Central Dr. Armando Gomes de Sá Couto, no Zé Garoto, em São Gonçalo, foi selecionado pelo Ministério da Saúde para fazer parte do projeto “Saúde em Nossas Mãos: Melhorando a Segurança do Paciente em Larga Escala no Brasil”. Selecionado entre quase mil hospitais em todo o país, a unidade de saúde de São Gonçalo vai implantar práticas de prevenção de infecções na Unidades de Terapias Intensivas (UTIs) pelo triênio 2021-2023.

As exigências do Ministério da Saúde para fazer as inscrições no programa foram: ser hospital público ou filantrópico; ter no mínimo 100 leitos ativos; possuir, no mínimo, 10 leitos de UTI adulto ou pediátrico; possuir uma equipe dedicada ao projeto que deseja implantar as práticas seguras e prevenção de infeções em suas UTIs e ter apoio institucional para se candidatar (responsável legal do hospital).

O pronto socorro, dentro de todos os critérios, realizou a inscrição, em junho deste ano, com centenas de outros hospitais, que apresentaram a estrutura, os projetos e os indicadores. Dentre os mil, ele foi selecionado para passar para a segunda etapa com mais outros 300 participantes: uma entrevista.

“O Pronto Socorro Central Dr. Armando Gomes de Sá Couto foi entrevistado por consultores do Hospital Moinhos de Vento, Hospital Alemão Oswaldo Cruz e Hospital Israelita Albert Einstein, onde saiu com um dos vencedores. São benefícios intangíveis para a população gonçalense e região e para todos os profissionais de saúde”, disse Allan Jacqueson Barbosa Lobo, diretor geral da unidade.

O resultado positivo chegou no dia 13 de agosto. Além do Pronto Socorro Central, outras 203 unidades de saúde espalhadas pelo país farão parte do projeto. Cada grupo de 34 hospitais será acompanhado por um hospital do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), chamado de satélite. Este será responsável pela condução das sessões de aprendizado, pelo suporte contínuo e visitas necessárias. Atualmente, seis hospitais fazem parte do Proadi-SUS e trabalham de forma colaborativa para a execução do projeto nas unidades de saúde selecionadas.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as infecções hospitalares afetam 14 em cada 100 pacientes nos hospitais. De cada 100 pacientes hospitalizados em um determinado momento, 10 terão infecções associadas a cuidados de saúde em países em desenvolvimento. Medidas de prevenção e controle de infecção simples e de baixo custo, como a higiene das mãos apropriada, podem reduzir a frequência em mais de 50%. Essa iniciativa pretende alcançar uma redução de 50% da incidência dessas infecções em pacientes internados em unidades de terapia intensiva em dois anos.

O programa

O Proadi-SUS foi lançado em 2008 para que instituições hospitalares, sem fins lucrativos, desenvolvessem projetos para ajudar no desenvolvimento e qualificação dos profissionais do SUS. Atualmente, seis hospitais fazem parte do programa. São eles: Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital do Coração, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio Libanês.

Pelo programa, essas unidades hospitalares passam suas experiências e pesquisas para os profissionais dos hospitais públicos de forma colaborativa, como vai acontecer com o Pronto Socorro Central de São Gonçalo, aperfeiçoando o SUS.

No Brasil, o cenário da ocorrência de eventos adversos não é diferente dos demais países. Em hospitais brasileiros, acredita-se que cerca de 67% dos erros que ocorrem podem ser evitáveis. Por isso, o Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) por meio da Portaria MS/GM 529 de 1º de abril de 2013, que tem como objetivo geral contribuir para qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional, públicos e privados.

Autor: Ascom
Foto: Lucas Alvarenga
Fonte: Ascom

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