Saúde realiza Dia D de mobilização contra o Aedes aegypti

O Dia D de mobilização contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, mobilizou nesta sexta-feira (15) os agentes de endemias da Vigilância Ambiental, profissionais da Estratégia de Saúde da Família (ESF), voluntários da Cruz Vermelha e OAB-SG. A meta é conscientizar a população sobre a importância de acabar com os possíveis criadouros do mosquito nas residências, comércios e nas ruas. Ao todo, foram mobilizados 200 agentes na ação que contabilizou 3 mil residências visitadas.

“O objetivo é reforçar a importância de prevenir as doenças causadas pelo mosquito de forma que a população procure focos dos mosquitos em sua residência periodicamente. Essa mobilização é de extrema importância para que possamos, juntos com a população, combater o mosquito”, avalia o secretário de Saúde, Jefferson Antunes.

Na praça Luiz Palmier, no Rodo, a equipe de entomologia realizou demonstrações das fases do mosquito Aedes em vários estágios, como ovo, larva recém eclodida, pupa e fase adulta. A equipe da Cruz Vermelha realizou aferição da pressão arterial e teste de glicose. Já a equipe de ESF da Secretaria de Saúde realizou vacinação de febre amarela. A OAB de São Gonçalo realizou orientações de defesa do consumidor.

Morador do centro, o jornalista e ambientalista Márcio Luiz Pereira passava pelo local ao perceber a ação e parar para tirar dúvidas. “Esse tipo de ação é um gol de placa, tem que ser um trabalho contínuo porque o caminho é a conscientização. Não adianta gastar milhões se não tem trabalho preventivo”, conta.

A ação se concentrou em diversos pontos da cidade, como no Conjunto Habitacional Venda da Cruz (antigo 3ºBI), Partage Shopping, São Gonçalo Shopping, DPO de Jardim Catarina, Rodo de Itaúna, além das praças: Luiz Palmier, Gradim, Trindade, do Relógio (Alcântara), Santa Luzia, Santa Izabel e Engenho do Roçado.

O último Levantamento Rápido de Índice para Aedes Aegypti (Lira) realizado pela Vigilância Ambiental apontou que o município de São Gonçalo obteve o resultado de 1.8% de infestação de larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Atualmente, o bairro Porto do Rosa é o que tem índices mais altos na cidade, com 19 casos de chikungunya registrados.

Dados da Vigilância Ambiental do município mostram que os depósitos podem ser evitados em 25% das residências visitadas pelos agentes de endemias. Segundo o diretor da Vigilância Ambiental, Adaly Fortunato, o ciclo de reprodução do mosquito leva em torno de 10 dias. Por isso, é preciso realizar uma série de medidas simples para garantir a limpeza dos ambientes.

“Recipientes como baldes, garrafas, ralos, lixeiras e outros objetos devem sempre estar fechados ou virados com a boca para baixo. As equipes estão nas ruas atuando diariamente, mas é preciso que a população também faça sua parte. Muitas pessoas não atendem as equipes de agentes em suas residências, ou abandonam casas com piscinas cheias de água, isso dificulta nosso trabalho e facilita a disseminação das doenças”, afirma.