Saúde e Defesa Civil
São Gonçalo vacina grupos prioritários contra gripe neste sábado
02/05/2025
Município comemora avanços no Dia Nacional de Luta Antimanicomial
São Gonçalo avança na assistência da saúde mental e tem muito a comemorar no Dia Nacional de Luta Antimanicomial, lembrado na próxima quarta-feira, 18 de maio. Além dos equipamentos de emergência e ambulatoriais, a coordenação de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil trabalha com a desinstitucionalização daqueles que estão na Clínica Nossa Senhora das Vitórias. Atualmente, 114 pacientes estão na unidade, sendo 103 de São Gonçalo e 11 de outras cidades. Para a desativação completa do espaço, há processo de compra em andamento de dez imóveis que servirão de residências terapêuticas (RTs).
As RTs, como são conhecidas, abrigam moradores provenientes de clínicas de longas internações, que estão sendo desativadas. Estas residências possuem entre seis e, no máximo, dez pessoas. As RTs contam com a supervisão de cuidadores durante 24 horas, coordenador e acompanhante terapêutico para que os moradores possam ter uma vida em sociedade. Só vão para as RTs aqueles que não têm como voltar para o convívio familiar. Atualmente, São Gonçalo conta com dez residências, que abrigam 86 moradores. Elas ficam nos bairros de Boa Vista, Gradim, Centro, Amendoeira, Pita, Engenho Pequeno e Trindade. As novas RTs serão na Brasilândia, Califórnia, Trindade, Zé Garoto, Antonina, Boa Vista, Estrela do Norte e Vista Alegre.
Todo este processo de desmobilização das internações em hospitais psiquiátricos faz parte o Movimento da Reforma Psiquiátrica no Brasil, que resultou na aprovação da Lei 10.216/2001, nomeada “Lei Paulo Delgado”, que trata da proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência. Este marco legal estabelece a responsabilidade do Estado no desenvolvimento da política de saúde mental, através do fechamento de hospitais psiquiátricos, abertura de novos serviços comunitários e participação social no acompanhamento de sua implementação.
“Essa reorganização do modelo de atenção em saúde mental no Brasil a partir de serviços abertos, buscando a garantia da cidadania de usuários e familiares, historicamente discriminados e excluídos da sociedade, é um avanço. Trabalhamos em São Gonçalo para dar mais dignidade aos que ainda estão institucionalizados e estamos lutando para que eles saiam: ou de volta para as suas famílias ou para as novas residências terapêuticas”, disse o coordenador de Saúde Mental da secretaria, Edmilson Pereira.
Assistência
Em São Gonçalo, a saúde mental conta com 19 leitos de emergência psiquiátrica no Hospital Luiz Palmier (HLP), no Zé Garoto. Para aqueles que precisam de atendimento ambulatorial, São Gonçalo possui três equipes multiprofissionais especializadas que atuam na Clínica Gonçalense do Barro Vermelho e no PAM Coelho. Essas equipes são compostas por psicólogos, psiquiatras adulto e infantil, assistente social e terapeuta ocupacional.
Há também os centros de atenção psicossocial (Caps), que são divididos em três tipos – dois que atendem a população com problemas de saúde mental em geral, outros dois para crianças e adolescentes (Capsi) e outros dois para aqueles que têm problemas com o uso de álcool e drogas (Caps Ad). Neles, os usuários contam com equipe multidisciplinar especializada em saúde mental.
Os atendimentos de primeira vez não necessitam de agendamento prévio e acontecem das 8h às 17h. O Caps III do Centro e o Caps AD III de Alcântara funcionam 24h para acolhimento dos usuários. “Essas unidades são destinadas ao acompanhamento de pessoas portadoras de transtornos mentais graves. Após a avaliação da primeira vez, a equipe multiprofissional define um projeto terapêutico que dirá se o usuário irá frequentar o serviço diariamente ou não. Os Caps destinados aos usuários de álcool e outras drogas funcionam da mesma forma, porém atendem aqueles que têm desejo de tratamento”, explicou Edmilson.
Para as crianças e adolescentes, São Gonçalo tem a Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil (Uai), que funciona no Coelho. “A Uai, diferente das RTs, é um local de passagem para crianças e adolescentes usuários de crack, álcool e outras drogas, acompanhados pelos Caps, que se encontram em situação de vulnerabilidade social e/ou com problemas familiares em decorrência do uso da droga”, finalizou Edmilson.
Endereços dos equipamentos:
Caps Paulo Marcos Costa
Rua Ladislau de Andrade, 44, Mutondo
Telefone: 3856-1390 e 3856-2472
Caps Francisco dos Santos Siqueira 24h
Rua General Antônio Rodrigues, 250, Centro
Telefone: 2607-5960
Capsad
Rua Coronel Serrado, 1.543, Zé Garoto
Telefone: 3705-1554
Capsad Dr. Daniel Gomes da Silva 24h
Rua Augusto Franco, 52, Vila Três
Telefone: 3606-9224
Capsi Zé Garoto
Rua Vereador Clemente Souza e Silva, 222, Zé Garoto
Telefone: 2605-1909
Capsi Dr. Joaquim dos Reis Pereira
Rua Jovelino de Oliveira Viana, 274, Alcântara
Telefone: 2725-7724
Clínica Gonçalense do Barro Vermelho
Ambulatório Ampliado Nise da Silveira
Rua Heitor Levi, 34, Barro Vermelho
Telefone: 3858-2675
PAM Coelho
Ambulatório Ampliado em Saúde Mental
Rua Cândido Reis, 89, Coelho
Autor: Ascom
Foto: Arquivo - Renan Otto
Fonte: Ascom
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