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São Gonçalo reforça oferta de serviços no Dezembro Vermelho

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Publicado em:  06/12/2022

Secretaria de Saúde atua na prevenção ao vírus da HIV/Aids

No Dezembro Vermelho – mês da campanha nacional de prevenção ao vírus da HIV/Aids – a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de São Gonçalo aproveita para lembrar todos os serviços que são oferecidos na cidade para as pessoas que têm a doença. Um dos principais é o tratamento para aqueles que já estão infectados pelo HIV/Aids, que é oferecido em três unidades de saúde. O tratamento melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão. 

     O tratamento do HIV/Aids consiste no uso dos medicamentos antirretrovirais – conhecido como coquetel de remédios – que ajudam o sistema imunológico e impedem que o vírus se reproduza dentro das células, evitando que a imunidade caia e que os sintomas da Aids apareçam. O coquetel é fornecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

   “Os pacientes convivendo com HIV podem transmitir o vírus para outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas (sem camisinha), pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é muito importante o tratamento, que pode deixar a pessoa com carga viral indetectável, o que quer dizer que – com tratamento adequado – ela não transmite mais a doença pelo sexo”, disse Monique Gonzalez, coordenadora do Programa Ist/Aids e Hepatites Virais da Policlínica Gonçalense de Referência para Doenças Crônicas e Transmissíveis. 

Outras infecções – Além do tratamento do HIV/Aids, unidades de saúde realizam o tratamento de outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs – gonorréia, clamídia, hepatites virais, sífilis e outras), entrega medicamentos, faz testes rápidos, ensina a realizar o autoteste para HIV em casa e faz exames laboratoriais. As gestantes convivendo com HIV também conseguem fazer todo o pré-natal com acompanhamento para a grávida e para o bebê, além de ter o suporte ginecológico de outras ISTs. Uma vez inserido nos programas de tratamento, o paciente tem o risco da infecção avaliado, passa por consulta médica e inicia o acompanhamento. 

   O acompanhamento de todas as ISTs é realizado com equipe multidisciplinar: além da equipe de enfermagem, o paciente tem acesso a assistente social, psicólogo, nutricionista e pediatra para as crianças expostas ao HIV e positivadas. Além das consultas com especialistas, o local também realiza a vacinação de imunizantes especiais para pacientes adultos (Pneumo 13, Pneumo 23, Hepatite A e Meningite), realiza coleta de exames laboratoriais e o exame de carga viral e cd4 – específicos para o monitoramento para os pacientes que convivem com HIV. 

    “Esses exames são importantes para ver se o tratamento com os antirretrovirais está fazendo efeito. As nossas máquinas têm resultado rápido. A carga viral tem resultado em menos de duas horas e CD4 em dez minutos. Esses exames são importantes também para avaliar se os pacientes estão com carga viral indetectável (não transmite a infecção pelo sexo)”, explicou Monique.

    Em relação às medicações distribuídas para os pacientes convivendo com HIV, elas são realizadas a cada três meses. Além dos retrovirais usados para o tratamento das pessoas que convivem com HIV, a policlínica também fornece medicação para doenças oportunistas e outras doenças associadas.  

Carga viral indetectável – Ter carga viral indetectável por mais de seis meses quer dizer que o indivíduo tem o vírus HIV, mas não transmite por via sexual por realizar o tratamento com os antirretrovirais corretamente. Para confirmar a carga viral negativa, o indivíduo deve ter dois exames consecutivos negativos. Neste caso, a chance de transmitir o vírus é de 0,001%. Por isso, a importância do diagnóstico precoce e o início do tratamento para zerar a carga viral, evitando que novas pessoas sejam contaminadas.  

Aids –  Aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (da sigla em inglês HIV). Esse vírus, do tipo retrovírus, ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.

Infecções Sexualmente Transmissíveis – As ISTs são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de preservativo masculino ou feminino, com uma pessoa que esteja infectada. De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. 

Unidades com tratamentos, de segunda a sexta, das 8h às 17h

HIV:

  1. Policlínica Gonçalense de Referência para Doenças Crônicas e Transmissíveis, Parada 40;
  2. Polo Sanitário Hélio Cruz, Alcântara;
  3. Clínica da Família Dr. Zerbini, Arsenal.

Hepatite B e C:

  1. Policlínica Gonçalense de Referência para Doenças Crônicas e Transmissíveis, Parada 40; 
  2. PAM Alcântara (marcação às sextas);

Sífilis:

  1. Polo Sanitário Hélio Cruz, Alcântara;
  2. Polo Sanitário Jorge Texeira de Lima, Jardim Catarina;
  3. Polo Sanitário Paulo Marques Rangel, Porto do Rosa;
  4. Polo Sanitário Washington Luiz Lopes, Zé Garoto;
  5. Polo Sanitário Augusto Sena, Rio de Ouro;
  6. Clínica Municipal Gonçalense do Barro Vermelho;
  7. Clínica da Família Dr. Jardel do Amaral, Venda da Cruz;
  8. Clínica Municipal Gonçalense do Mutondo;
  9. Clínica Municipal Euryclides de Jesus Zerbini, Arsenal;
  10. Policlínica Gonçalense de Referência para Doenças Crônicas e Transmissíveis, Parada 40.

Autor: Ascom
Foto: Ascom
Fonte: Ascom

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