São Gonçalo realiza 3ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil será o sexto país do mundo com o maior número de idosos até 2025. Isso se deve ao aumento da expectativa média de vida, e para garantir qualidade de vida a esta parcela específica da população é preciso pensar e criar políticas públicas. Para discutir sobre o assunto, o Conselho Municipal da Pessoa Idosa de São Gonçalo junto com a Secretaria de Políticas Públicas para o Idoso, Mulher e Pessoa com Deficiência (SEMIMD) realizou nesta quinta (21) e sexta-feira (22), a 3ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de São Gonçalo.

Na quinta-feira, o evento, que nesta edição apresentou o tema “Os Desafios de Envelhecer no Século XXI e o Papel das Políticas Públicas”, contou com a presença do prefeito José Luiz Nanci, que fez a abertura da conferência que aconteceu no Teatro Carequinha, em Neves.

“É muito importante cuidarmos do idoso, principalmente o serviço público aonde temos que oferecer e garantir a eles uma saúde melhor, carinho e gestão. A população idosa merece uma vida digna não só no nosso município, mas em todo o país. Hoje pessoas com 80, 90 anos estão andando, caminhando e curtindo a vida, precisamos estar sempre lutando por elas”, afirmou o prefeito.

A secretária da Semimd, Marta Maria Figueiredo, falou sobre a importância do trabalho em rede no atendimento a este público.

“As redes de assistência, saúde, esporte e lazer, junto com o Ministério Público e a Justiça formam uma rede de articulação de trabalho em prol da melhoria da qualidade de vida e esse trabalho é fundamental na garantia de bem-estar da população”, ressaltou Marta.

Sandra Rabello, assistente social e conselheira do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (CEDEPI), abriu o ciclo de palestras falando sobre os desafios de envelhecer no século XXI.

“São Gonçalo é um dos municípios de maior densidade populacional e discutir políticas públicas do envelhecimento aqui é extremamente oportuno. Nós do Cedepi estamos honrados e felizes de estarmos participando desta conferência que é de grande importância para o estado do Rio de Janeiro”, afirmou Sandra.

Coordenador Estadual de Políticas Públicas para a Pessoa Idosa, Clayton Cajão também esteve presente no primeiro dia do evento e destacou a importância da realização da conferência.

“A conferência municipal é o primeiro passo para a efetivação de uma política a nível nacional para a população idosa. No meio do ano teremos a conferência estadual e no fim do ano a nacional. Essa colheita de ideias em unidade com todo o país resulta em diretrizes para a efetivação de políticas que atenda e defenda os direitos dessas pessoas”, afirmou Clayton.

No segundo dia de atividades a proposta foi discutir junto a sociedade civil e demais participantes os quatro eixos temáticos em volta do tema central: Direitos fundamentais na construção; efetivação das políticas públicas; Educação: assegurando direitos e emancipação humana; Enfrentamento da violação dos direitos humanos da pessoa idoso e Os Conselhos de direitos: seu papel na efetivação do controle social na geração e implementação das políticas públicas.

E para conversar sobre cada tema estiveram presentes na conferência a assistente social e coordenadora da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati), Sandra Rabello; o advogado e membro da Comissão de defesa dos direitos do idoso da OAB, Rafael Gonçalves de Pinho, e a professora doutora de Neurologia e Geriatria, Vilva Câmara.

A conferência, que é convocada pelo Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, é também o momento de fala e troca com a sociedade civil na construção de políticas públicas. O encerramento contou ainda com a eleição dos delegados para a etapa Estadual da Conferência e um fórum da sociedade civil.

“Esse é um momento de construção coletiva e visibilidade às pautas que são tão importantes para os idosos do nosso município. É um encontro fundamental no planejamento de políticas públicas que dialoguem com a realidade da nossa cidade”, afirmou a presidente do Conselho, Neide Carvalho.