São Gonçalo promove atividades contra a discriminação racial

Palestra reúne mais de 180 alunos da Educação de Jovens e Adultos

Abrindo as atividades do mês de março com a reflexão sobre o combate à discriminação racial em São Gonçalo, a Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial (COMIRSG) realizou, nesta segunda-feira (11), a abertura da série de palestras “São Gonçalo contra o Racismo”, no auditório do Colégio Municipal Presidente Castello Branco, no Boaçu. Na ocasião, o tema discutido foi “A importância da participação da mulher na política” e contou com mais de 180 alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) da unidade.

A iniciativa é da Secretaria de Assistência Social, em parceria com a Secretaria de Educação da Prefeitura de São Gonçalo, e faz referência ao Dia Internacional de Combate à Discriminação Racial, comemorado no dia 21 de março. Ao longo do mês, a COMIRSG levará até estudantes da EJA de 9 escolas municipais pautas como educação antirracista, lei e voto feminino e religião e movimentos sociais.

“Como mulher negra eu não poderia me ausentar desta fala e trazer essa informação para as pessoas que, muitas vezes, acreditam que política é uma única ação. Na verdade, política é um recorte de ações que necessita que tenhamos um viés de entendimento para fazer escolhas corretas. Essa palestra vem para trazer esclarecimento, para que as pessoas consigam entender e ter uma visão melhor da política. Viemos esclarecer a importância das mulheres na política, no sentido de definir políticas públicas para as mulheres e para todos”, disse a palestrante, membro do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Fátima Cidade.

Para a diretora do colégio, Luzimere Muniz, esta iniciativa vem de encontro ao trabalho realizado na escola. Segundo ela, os alunos da EJA são os mais engajados nos debates e necessitam de mais esclarecimento e conhecimento sobre as causas.

“Qualquer movimento que destaque o combate ao racismo é importantíssimo, pois mulheres negras são frequentemente confrontadas com uma dolorosa realidade de violência que permanece, ainda que camuflada em nossa sociedade. Precisamos falar muito sobre o tema e, principalmente, dar voz a elas”, afirmou a diretora.