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São Gonçalo orienta população sobre hanseníase

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Publicado em:  05/08/2021

Unidades de saúde prestam atendimento

O Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Hanseníase é nesta quinta-feira, dia 5 de agosto. A data foi criada em 2014 com objetivo de enfatizar a divulgação de informações sobre a doença e a importância do diagnóstico precoce. Em São Gonçalo, a Coordenação do Programa de Hanseníase da Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil realiza ações constantes de orientação nas salas de espera das unidades de saúde para ensinar os pacientes a vigiar o próprio corpo.

O objetivo é alertar pacientes sobre o diagnóstico precoce da doença. Sua principal característica é uma mancha esbranquiçada, avermelhada ou amarronzada em qualquer parte do corpo, que não coça e altera a sensibilidade da pele ao calor, à dor e ao tato. Uma das consequências em relação ao diagnóstico e tratamento tardio são as sequelas, que causam deformidades físicas e podem levar à incapacidade física.

“Por isso, é de suma importância que os profissionais da saúde e a população estejam atentos aos sinais e sintomas da doença. Se você notar qualquer mancha que não coça e não dói, procure um posto de saúde mais próximo da sua residência para avaliação. A hanseníase tem cura e tratamento gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em São Gonçalo, o tratamento pode ser feito nos polos sanitários do Zé Garoto, Alcântara e Rio do Ouro, de segunda à sexta-feira, sempre das 8h às 17h”, disse a coordenadora do Programa de Hanseníase da Secretaria de Saúde de São Gonçalo, enfermeira Mariana Lattanzi.

O tratamento é feito com antibiótico. O paciente tem que ir ao posto uma vez ao mês para tomar uma dose supervisionada de medicamento na unidade e leva a cartela de comprimidos para tomar as doses diariamente em casa. Para os casos mais leves da doença, o tratamento leva seis meses. No entanto, o mesmo pode levar um ano, caso a doença esteja em nível mais avançado. “Quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, melhor o resultado e menor a chance do paciente ter sequelas físicas”, explicou Mariana.

Diagnosticada com a doença em 2019, Arlete Palmeira da Silva, de 52 anos, moradora do Colubandê, é atendida no Polo Sanitário Hélio Cruz, em Alcântara, onde iniciou o tratamento. “O atendimento é ótimo, as pessoas são acessíveis e nos explicam o que deve ser feito. Eu tinha informação sobre a doença porque o meu cunhado teve. A dele foi diferente, que foi na pele. E a minha foi no nervo. Eu nem sabia que essa doença existia no nervo. Foi um susto, não acreditava que ainda tinha essa doença. Existe e existe muito e as pessoas não têm conhecimento”, disse Arlete.

A Doença

A hanseníase é uma doença transmissível que acomete a pele e os nervos da face, braços, mãos, pernas e pés de crianças e adultos. É transmitida por meio das vias aéreas, fala, tosse ou espirro e se dá por meio de uma pessoa doente e sem tratamento. No entanto, ela não passa através de contato, como abraço, aperto de mão ou qualquer tipo de carinho.

Atividades em agosto

Para ratificar a importância de vigiar o próprio corpo e procurar ajuda nos polos quando notar qualquer mancha com falta de sensibilidade, a coordenação do Programa de Hanseníase fará três eventos nos polos que fazem atendimento e tratamento da doença.
No dia 09 de agosto, a roda de conversa será no Polo Sanitário Washington Luiz Lopes, no Zé Garoto. No dia 10 de agosto, será no Hélio Cruz, Alcântara; e no dia 24 de agosto será no Augusto Sena, Rio do Ouro.

Os profissionais das unidades básicas de saúde também vão alertar sobre a doença e a possibilidade de tratamento nas salas de espera durante todo o mês de agosto.

Endereços dos Polos Sanitários

Hélio Cruz: Rua da Concórdia, s/nº, Alcântara
Augusto Sena: Avenida Eugênio Borges, s/nº, km 7, Rio do Ouro
Washington Luiz Lopes: Praça Estephânia de Carvalho, s/nº, Zé Garoto

Autor: Ascom
Foto: Lucas Alvarenga
Fonte: Ascom

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