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 São Gonçalo faz campanha para alertar sobre hanseníase

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Publicado em:  20/01/2023

Janeiro Roxo promove palestras e Dia D de avaliação dermatológica

O Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase é lembrado no último domingo de janeiro (29). Com o tema “Não Esqueça da Hanseníase”, a campanha Janeiro Roxo terá palestras sobre a importância da prevenção e do tratamento adequado da doença em polos sanitários e clínicas de São Gonçalo. A primeira aconteceu no Polo Sanitário Rio do Ouro nesta quinta-feira (19).

No dia 31 de janeiro, das 9h às 16h, a Unidade de Saúde da Família Jardim Catarina I fará o Dia D de avaliação dermatológica de casos pré-agendados. Até o fim do mês, haverá conscientização nas salas de espera nos postos de saúde.

     As ações serão realizadas pela equipe do Programa Municipal de Hanseníase para incentivar o rastreio da doença e o seu tratamento precoce, interrompendo a cadeia de transmissão e proporcionando a prevenção das incapacidades físicas.

“O objetivo das ações é aumentar o diagnóstico da hanseníase, pois os principais recursos contra a doença são o diagnóstico precoce e o tratamento. Vamos alertar a população sobre a importância de vigiar o próprio corpo e tratar a doença, que pode levar à incapacidade física irreversível se não for tratada no início”, explicou a coordenadora do programa, a enfermeira Mariana Lattanzi. 

     Atualmente, os atendimentos e tratamentos acontecem nos polos sanitários Hélio Cruz, em Alcântara; Augusto Sena, em Rio do Ouro e Washington Luiz Lopes, no Zé Garoto, sempre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

“Por se tratar de uma mancha que não coça, não dói, e só tem alteração de sensibilidade, o indivíduo não dá muita importância. É importante ficar atento aos sinais e procurar uma unidade de saúde. Hanseníase tem cura e o tratamento é totalmente gratuito e disponível no SUS. Quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, melhor o resultado e menor a chance do paciente ter sequelas físicas”, disse Mariana.

     Em 2022, foram diagnosticados em São Gonçalo 45 casos novos de hanseníase. Do total de casos novos, 29 ocorreram no sexo masculino, o que corresponde a 64,4%; e 16 ocorreram no sexo feminino, o que corresponde a 35,5%. A taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase ficou em 4,09 casos por 100 mil habitantes em 2022, apresentando um parâmetro de endemicidade médio no município.

      Já a taxa de prevalência anual de hanseníase (todas as pessoas que têm e tratam a doença na cidade) ficou em 0,4 casos por 10.000 habitantes em 2022, apresentando um parâmetro de endemicidade baixo no município. 

Programação

23.01.23, às 10h, na Clínica da Família Dr. Zerbini, Arsenal: Palestra para população e roda de conversa com as equipes de saúde da família, dando início a aplicação do Questionário de Suspeição em Hanseníase (QSH) pelos agentes comunitários de saúde (ACS) na área coberta pelas equipes;

25.01.23, às 10h, no Polo Sanitário Washington Luiz, Zé Garoto: Palestra para população;

26.01.23, às 10h, no Polo Sanitário Paulo Marques Rangel: Palestra para população;

30.01.23, às 10h, na Clínica Gonçalense do Mutondo: Palestra para população e roda de conversa com as equipes de saúde da família, dando início a aplicação do Questionário de Suspeição em Hanseníase (QSH) pelos agentes comunitários de saúde (ACS) na área coberta pelas equipes;

31.01.23, das 9h às 16h, na USF Jardim Catarina I: Dia D de avaliação dermatológica de casos pré-agendados, selecionados através do QSH aplicado pelos ACS no bairro

Jardim Catarina;

01.02.23, às 10h, no Polo Sanitário Hélio Cruz, Alcântara: Palestra para população

A Doença 

A hanseníase é uma doença transmissível que acomete a pele e os nervos da face, braços, mãos, pernas e pés de crianças e adultos. Sua principal característica é uma mancha esbranquiçada, avermelhada ou amarronzada em qualquer parte do corpo, que não coça e altera a sensibilidade da pele ao calor, à dor e ao tato.

Além das manchas e da alteração de sensibilidade, a doença pode se manifestar através de caroços e inchaços no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos. Ela também pode dar a sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, mãos, pernas e pés. As áreas acometidas podem sofrer com diminuição de pelos e suor e também pode ocorrer o engrossamento do nervo que passa pelo cotovelo, levando a perda da sensibilidade e/ou diminuição da força do quinto dedo. 

Ela é transmitida por meio das vias aéreas, fala, tosse ou espirro e se dá por meio de uma pessoa doente e sem tratamento. No entanto, ela não passa através de contato, como abraço, aperto de mão ou qualquer tipo de carinho. Ela tem cura e o tratamento é gratuito pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Se não tratada, ela pode causar deformidades físicas e incapacidades.

Tratamento

O tratamento da hanseníase só é feito na rede pública de saúde e leva de seis meses a um ano. O paciente recebe, mensalmente, uma cartela com os comprimidos. Quando termina a cartela, ele deve procurar a unidade de saúde onde realiza o tratamento para tomar outro medicamento no local e pegar a nova cartela de comprimidos. 

Endereços dos Polos Sanitários

Hélio Cruz: Rua da Concórdia, s/nº, Alcântara

Augusto Sena: Avenida Eugênio Borges, s/nº, km 7, Rio do Ouro 

Washington Luiz Lopes: Praça Estephânia de Carvalho, s/nº, Zé Garoto

Autor: Ascom
Foto: Ascom
Fonte: Ascom

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