São Gonçalo é referência estadual no cuidado em saúde cardiovascular

No Dia Mundial do Coração, HCCOR reforça sua missão de vidas salvas

Os corações gonçalenses têm muitos motivos para bater mais forte no Dia Mundial do Coração, neste 29 de setembro. Há dois anos e nove meses, o Hospital do Câncer e do Coração (HCCOR), na Lagoinha, em São Gonçalo, devolve o ritmo para milhares de fluminenses. Para a Secretaria de Saúde da Prefeitura de São Gonçalo, o dia é mais do que uma data no calendário da saúde. É mostrar a importância do cuidado e da atenção integral ao órgão – que simboliza a própria vida – através dos procedimentos e cirurgias na cidade.

Desde a implantação do hospital em São Gonçalo – em 2 de dezembro de 2022, até o fim de agosto deste ano – 881 cirurgias de revascularização miocárdica devolveram fôlego e vitalidade aos pacientes. Mais de 5.200 cateterismos cardíacos permitiram diagnósticos e intervenções, enquanto 1.563 angioplastias coronarianas abriram novos caminhos para a vida, restabelecendo fluxos sanguíneos interrompidos. 

Também foram realizadas 144 trocas valvares, reconstruindo um coração antes limitado pelo desgaste. Desde outubro de 2023, 75 implantes de marcapasso garantiram novos compassos de esperança. E, ao longo do mesmo período, mais de 5.200 consultas especializadas foram realizadas pré e pós-cirurgia, concretizando o acolhimento da unidade com o atendimento integral e humanizado do paciente. 

Mais do que estatísticas, os números representam histórias de pessoas reais que voltaram a conviver com seus familiares de forma plena: homens e mulheres que, após atravessarem momentos de incerteza, encontraram a chance de recomeçar. São histórias como a da aposentada Jane Régis de Araújo, de 66 anos, que recuperou o fôlego para brincar com o neto. Ou da técnica de enfermagem Juciara da Silva de Carvalho, 64, que voltou a cantar e dançar.   

“Estava com muito cansaço para andar e até para tomar banho era com dificuldade e sentia muitas dores. Fiz o cateterismo e descobri a obstrução. Fui encaminhada para realizar a revascularização, que completou sete meses nesta semana. Após a cirurgia, eu voltei a caminhar e cuidar dos afazeres da minha casa. E o mais importante: voltei a poder brincar e ver meu netinho Eduardo crescer. Ele é o amor da vovó”, contou Jane.

A ponte de safena também foi a solução para reativar o coração de Juciara, que sofria com fortes dores no peito, tinha dificuldades para fazer atividades e sentia cansaço até para conversar. “A melhor coisa é não sentir mais dor no peito e poder subir escada, cantar e dançar. Estou voltando a fazer tudo que não podia e o que mais me deixa feliz é saber que Deus me deu oportunidade de uma nova vida. Só tenho que agradecer a Deus, em primeiro lugar, e a todos os funcionários do HCCOR por terem me acolhido com dedicação, amor e carinho”, descreveu Jaciara, operada há um ano e sete meses.

Revolução na Saúde – A instalação do HCCOR é uma verdadeira transformação no cuidado em saúde cardiovascular em São Gonçalo, que trouxe resultados técnicos e humanizados – preceito maior do prefeito Capitão Nelson para todas as unidades de saúde. 

“São Gonçalo não realizava cirurgias cardíacas na cidade. Os pacientes tinham que se deslocar por mais de 140 quilômetros para fazer as operações em Vassouras. Hoje, os gonçalenses são atendidos dentro da cidade com responsabilidade, celeridade, qualidade e, principalmente, humanização – que começa em não precisar se deslocar para outros municípios, ficando longe de suas famílias. Agradeço ao governador Cláudio Castro e ao deputado federal Altineu Côrtes, que colaboram para o funcionamento do HCCOR”, disse o prefeito Capitão Nelson.

O secretário municipal de Saúde da Prefeitura de São Gonçalo, Gabriel Mello, lembra do propósito de criação do HCCOR. “Por trás de cada cirurgia existe um paciente que chegou fragilizado, uma família que aguardava ansiosa e uma equipe que não se limitou a oferecer técnica, mas também acolhimento, escuta e cuidado. A cada paciente que retorna para casa, a cada vida prolongada, a cada família que volta a sorrir, reafirma-se o propósito que fundamentou a criação da instituição: ser um espaço onde ciência e humanidade caminham juntas em favor da vida”, descreveu.

Para a diretora médica da unidade, Flávia Kessler, além de devolver vida aos pacientes, o destaque é o atendimento integral. “O HCCOR consolida a missão de não tratar apenas a enfermidade, mas acolher a pessoa em sua integralidade. Porque, no fim, o que pulsa em cada conquista não é apenas um coração recuperado, mas a vida renovada, forte e cheia de esperança. Temos o compromisso de unir ciência, tecnologia e humanização em favor do paciente. E esse é um dos motivos porque o HCCOR tornou-se referência em procedimentos de alta complexidade para todo o Estado do Rio de Janeiro”, confirmou Flávia. 

Regulação – Todas as cirurgias realizadas no HCCOR são eletivas e agendadas através do Sistema Estadual de Regulação (SER). O local não atende emergências. Para ter acesso aos procedimentos, os gonçalenses devem procurar as unidades de saúde da família (USFs) do bairro, que farão os encaminhamentos necessários. As unidades inserem os pacientes no sistema da Central de Regulação, que vai entrar em contato – através do telefone – para avisar sobre a marcação do serviço. 

É necessário que os pacientes mantenham um telefone que funcione e esteja atualizado no cadastro. Também é importante que o paciente salve o número (21) 3195-5198 e atenda a ligação ou responda a mensagem de whatsapp. O contato e endereço do morador também podem ser atualizados em qualquer unidade de saúde. Se houver alguma pendência no pedido, os funcionários das unidades de saúde avisam ao paciente para que regularize a situação. Com qualquer pendência, o paciente não é chamado.