Saúde e Defesa Civil
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04/05/2025
Autonomia dos profissionais da ponta, sistematização do atendimento e transparência com a população. Esses são os objetivos do protocolo de enfermagem na atenção primária à Saúde de São Gonçalo, que marca a universalização do atendimento beneficiando profissionais da rede e também toda a população. Nesta sexta-feira (3), a Secretaria de Saúde em parceria com o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ), realizou o primeiro encontro com coordenadores e técnicos para discutir os próximos passos da implementação do protocolo.
Em outubro de 2009, o Conselho Federal de Enfermagem, através da resolução 358, regulamentou a Sistematização da Assistência de Enfermagem e a implementação do Processo de Enfermagem em ambientes públicos ou privados. Desde então, um movimento nacional vem acontecendo no propósito de tornar as práticas da profissão alinhadas com o dia a dia dos profissionais. Em São Gonçalo não é diferente. Em janeiro deste ano o prefeito José Luiz Nanci se reuniu com a presidente do Coren-RJ, Ana Lúcia Telles, junto a subsecretária de Atenção Básica, a enfermeira Maria Auxiliadora Rodrigues, para oficializar o pontapé da construção do documento que é um marco na política pública para a Saúde no município.
“O protocolo será um legado que vamos deixar ao município. Ele reafirma a autonomia do profissional de enfermagem e isso só é possível quando se tem uma gestão sensível às necessidades reais que efetivem um serviço público de qualidade para a população. Esse foi o entendimento do nosso prefeito José Luiz Nanci, e por eu ser enfermeira trouxe também a afirmação da importância desse novo olhar sobre a gestão. Essa missão que assumo aqui não é fácil, mas sabemos que não existe construção de políticas pública que não seja coletiva”, ressaltou a subsecretária Maria Auxiliadora, que destacou a importância da presença dos profissionais da ponta na construção democrática do protocolo.
De acordo com a coordenadora da Atenção Básica, Cristiane Leal, os objetivos do encontro foram sensibilizar a rede e criar comissões, que através de grupos de trabalho irão discutir os eixos que nortearão o protocolo de sistematização. São eles: IST/AIDS/hepatites virais; Hanseníase; saúde da mulher, criação e adolescente; saúde do idoso; doenças crônicas não transmissíveis; saúde do homem; saúde da população negra e imunização.
A atenção básica ou atenção primária em saúde é conhecida como a “porta de entrada” dos usuários nos sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial. Por isso, para Cristiane, o protocolo regulamenta e amplia o compromisso da gestão com um atendimento humanizado e de qualidade para todos.
“O que pesa na importância desse documento é que ele irá validar na prática a legalidade e a autonomia para os profissionais exercerem suas atividades em benefício do usuário”, destacou.
Além de sensibilizar, o encontro foi também uma capacitação, que através do Núcleo de Educação Permanente (NEP) da Secretaria de Saúde, realiza regularmente a formação contínua dos profissionais da rede. De acordo com a enfermeira e coordenadora do Núcleo, Thatiana Mattos, anterior à implementação de um protocolo existe a conversa e formação com os profissionais que serão essenciais na formalização do processo.
“Nossa missão é capacitar permanentemente os profissionais da rede atualizando as informações via Ministério da Saúde. Seria muito fácil implementar sem saber a importância que isso teria para um bom resultado. Para as pessoas se sentirem parte da construção desse protocolo é fundamental estarmos juntos e com os ouvidos sensíveis à escuta desse profissional da ponta”, disse.
O encontro contou com uma capacitação realizada pela conselheira e coordenadora do Programa de apoio à implantação e adequação da sustentação da Assistência a Enfermagem, do Coren-RJ, Angélica Lyra. Segundo ela, a proposta é sempre prezar pela ética e a legalidade dentro das normas de enfermagem nos serviços públicos e privados.
“Quando se quer fazer uma construção para melhoria da saúde, não pode ser de forma vertical, é necessário que seja coletiva. Sensibilizar os profissionais da área e dar suporte aos municípios é o nosso papel, auxiliando as instituições que desejam adequar seus serviços. O Ministério da Saúde recomenda que seja feito isso, e é necessário criar todo um suporte técnico para fundamentar as ações e as diretrizes”, afirmou.
Os próximos passos agora serão desdobrados através das comissões de discussões que farão encontros mensais para construção do protocolo , que tem como previsão ser entregue em outubro de 2020.
“Desde o início nossa gestão afirmava o cuidado com as pessoas e é o que temos feito. Pensar, propor e pôr em prática um protocolo como esse é um marco no investimento da humanização e valorização das práticas de todos os profissionais da enfermagem em nosso município. Quem ganha são os profissionais, a rede de Saúde, e sem dúvida a população!” , disse o prefeito José Luiz Nanci.
Autor: Thayná Valente
Foto: Divulgação
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