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São Gonçalo celebra a força do hip-hop com festival no Centro de Tradições Nordestinas

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Publicado em:  07/07/2025

Evento gratuito contou com o apoio da Secretaria de Turismo e Cultura

O Centro de Tradições Nordestinas “Severo, Embaixador Nordestino” foi o palco, neste domingo (6), do festival Fest Hip–Hop, evento gratuito que teve como objetivo celebrar a força do hip-hop na cidade, reunindo rappers, DJS, grafiteiros e b.boys, com nomes da cena local e convidados especiais. O festival contou com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), através da Secretaria de Turismo e Cultura da Prefeitura de São Gonçalo.

Durante mais de seis horas, pessoas das mais diversas idades puderam curtir muita música, dança, arte e cultura urbana. Organizado por Patrick Guimarães e Danilo Pires, o festival focou no fortalecimento e na retomada da cultura hip hop em São Gonçalo, cidade que abrigou e formou vários expoentes do gênero a nível nacional. 

“O hip hop vai além da música e é uma cultura que envolve o rapper, o DJ, o grafite, o skate e os b.boys, expressando as realidades e revoltas sociais. O evento reúne tudo isso e dá oportunidades para novos talentos. Essa é a primeira edição do projeto e pretendemos realizar futuras edições, sempre de uma forma bonita e oferecendo o melhor possível aos artistas”, disse Patrick.

“São Gonçalo tem vários nomes do hip hop nacional e reviver esse estilo musical na cidade é muito importante. É um evento diferente, com muita cultura! Esse evento não seria possível sem a Prefeitura de São Gonçalo e da Política Nacional Aldir Blanc, e é a prova viva de que o apoio tem dado à cultura do município”, disse Danilo. 

Durante o evento, tiveram apresentações de artistas como o DJ Machintal, DJ Scooby, 2T Santos, MC Dom Negrone, William Ducontra e Estima, Mr. Break, Daniel Shadow, Old Dirty Bacon, Athon e Neo BXD.

Para Athon, o hip hop o ajudou depois que ele foi diagnosticado com a Síndrome de Tourette aos 18 anos. 

“Minha apresentação no festival contou com músicas solo no estilo boom bap e freestyle, com foco na nova pegada que estou me redescobrindo, na forma de me expressar com influências de artistas como Amy Winehouse, por exemplo. O hip hop salvou minha vida, foi minha válvula de escape após o diagnóstico da Tourette, um distúrbio neurológico no qual a pessoa emite sons e movimentos involuntários. Isso me excluiu da sociedade totalmente. Foi quando eu me isolei no meu quarto e descobri a música e o desenho. Também sou tatuador hoje. A arte salvou minha vida. Já recebi muitos nãos na minha carreira por causa da síndrome, mas hoje tenho evoluído”, disse ele. 

O fotógrafo e produtor cultural José Vitor Leal, conhecido como José Vitor Dance, de 28 anos, gosta de hip hop há cerca de 15 anos. Ele, que é b.boy, foi um dos jovens que curtiu o evento deste domingo. 

“Eu sou do diálogo de como o hip hop pode ajudar na formação e atuar diante das diferenças sociais. Eu soube do evento e vim logo! Espero que tenhamos outros eventos assim, o hip hop pode propor mudanças sociais, concentrar pessoas e fazer todos felizes. Que o hip hop chegue cada vez a mais lugares, sempre demonstrando união e força”, afirmou. 

Arte e música se complementaram – O grafiteiro Siri do Muro também esteve no local. Com mais de 20 anos de carreira, Siri foi um dos convidados para grafitar murais durante o festival.

“Todos os grafiteiros que estiveram aqui comigo hoje são da cidade de São Gonçalo. Atuei juntamente com o Igor Skid, a Mika Mikaelli e o Vitor Moy. Todos vieram mostrar a arte de São Gonçalo, agregando ao evento com desenhos livres. Eu, por exemplo, retratei uma mulher, os outros dois rapazes fizeram personagens deles e a Mika fez uma arte representando seu amor pela cidade de São Gonçalo, de forma bem colorida”, afirmou.

Autor: Ascom
Foto: Julio Diniz

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