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São Gonçalo amplia ações de combate à sífilis

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Publicado em:  12/10/2022

Haverá mutirão de testagem e capacitação de profissionais da saúde      

A coordenação do Programa das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs)/Aids e Hepatites Virais vai realizar capacitações para os funcionários da saúde sobre o planejamento e ação de combate à sífilis e à sífilis congênita (quando o bebê é contaminado pela mãe durante a gestação ou na hora do parto) neste mês de outubro.

Para os gonçalenses, os profissionais de saúde irão realizar mutirão de testagem no Polo Sanitário Jorge Teixeira de Lima, no Jardim Catarina, no dia 19 de outubro, das 10h às 14h. As ações são em referência ao Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita, que é comemorado no terceiro sábado de outubro, dia 15. 

     O objetivo das qualificações é enfatizar a importância do diagnóstico e do tratamento adequado da sífilis na gestante durante o pré-natal e da sífilis em ambos os sexos como IST. Para isso, os profissionais da Atenção Básica receberão capacitação sobre o manejo de sífilis adquirida e da sífilis em gestante. Já os profissionais da Maternidade Municipal Mário Niajar, em Alcântara, farão capacitação sobre o manejo de recém-nascido com sífilis congênita e exposta à sífilis.

     Para a população, a testagem para HIV (Aids), hepatites B e C e sífilis será feita no Polo Sanitário Jorge Teixeira de Lima devido ao número de casos registrados no bairro – um dos maiores do município. No entanto, qualquer morador pode se dirigir à Policlínica Gonçalense de Referência para Doenças Crônicas e Transmissíveis, na Parada 40, ou em qualquer unidade básica de saúde (com exceção do Colubandê I e Neves), que têm os testes disponíveis durante todo o ano, sempre de segunda a sexta, das 9h às 16h. 

    A única forma de prevenir a infecção é com o uso do preservativo, já que a mesma é contraída, principalmente, através de contato sexual. A gestante contaminada também pode passar a infecção para o filho durante a gestação e no parto. Para detectar a sífilis, basta um furo no dedo e o resultado sai em 20 minutos. O tratamento pode ser realizado em um dos cinco polos sanitários da cidade, em quatro clínicas e na Policlínica Gonçalense de Referência para Doenças Crônicas e Transmissíveis.      

      “É importante que as gestantes façam o pré-natal e a testagem. Elas devem fazer no primeiro e terceiro trimestre de gestação. Tratando no início, há a possibilidade do bebê nascer sadio. E, se não tratar, ela pode causar o aborto e o parto prematuro. Toda pessoa que tem vida sexual ativa e desprotegida precisa fazer os testes das infecções sexualmente transmissíveis (Ists). Pelo menos, uma vez ao ano”, explicou Monique Gonzalez, coordenadora do Programa Ist/Aids e Hepatites Virais.

     De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), diariamente, mais de um milhão de pessoas são infectadas com ISTs em todo o mundo, sendo estimados 376 milhões de novos casos ao ano. Nas últimas décadas, houve um aumento expressivo de sífilis no mundo e no Brasil. Entre 2010 e 2017, houve um aumento de 353% de casos de sífilis congênita, com diferentes étnico-raciais associadas à doença.

       Sintomas – O primeiro sinal da doença é um cancro duro (lesão/ferida), que pode ser na boca (transmitida através do sexo oral), genitália ou ânus. Com um tempo, a ferida some. Depois de algumas semanas, aparece o segundo estágio da doença, chamada de sífilis secundária, que são lesões avermelhadas pelo corpo, mas principalmente na sola dos pés e palmas das mãos. Na forma latente, ela é silenciosa e sem sintomas. 

    “A primeira ferida não dói e não coça. Na secundária, as lesões parecem um processo alérgico. E da mesma forma que aparecem, elas desaparecem. Com isso, se não tiver tratamento, a pessoa entra na fase latente, que é sem sinais e sintomas. Por isso, é importante a testagem para que a infecção não evolua. Após a forma latente, vem a sífilis terciária, que são lesões na face e que podem causar problemas cardiovasculares e neurológicos”, finalizou Monique.

Números

     Neste ano, dos 27.213 testes realizados nos dois primeiros quadrimestres na população, 3.657 positivaram, 13,43%. Destes, 451 são casos novos, sendo 299 de gestantes e 152 do público em geral. Ao todo, 69 bebês nasceram com a sífilis congênita. No ano passado, foram feitos 23.185 testes, 3.486 positivaram, 15,03%. Dos positivos, 1.145 eram novos casos, sendo 630 gestantes e 515 do público em geral. Os bebês somaram 486 casos. 

     Em 2020, foram realizados 17.116 testes, que tiveram 2.171 pessoas positivadas, 12,68%. O total de novos casos eram 1.378: 609 gestantes e 769 do público em geral. Os bebês somaram 597 casos de sífilis congênita. Já em 2019 foram 21.946 testes, 1.924 positivos para sífilis, 8,7%. Dos positivos, 2.195 eram de novos casos, sendo 768 gestantes e 1.427 do público em geral. Os bebês somaram 453 casos. 

Locais de tratamento

Polo Sanitário Hélio Cruz, Alcântara

Polo Sanitário Jorge Teixeira de Lima, Jardim Catarina

Polo Sanitário Augusto Sena, Rio do Ouro

Polo Sanitário Washington Luiz Lopes, Zé Garoto

Polo Sanitário Paulo Marques Rangel, Portão do Rosa

Clínica Municipal do Barro Vermelho

Clínica da família Dr. Jardel do Amaral, Venda da Cruz

Clínica Gonçalense do Mutondo

Clínica da família Dr. Zerbini, Arsenal

Policlínica Gonçalense de Referência para Doenças Crônicas e Transmissíveis

Autor: Ascom
Foto: Julio Diniz
Fonte: Ascom

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