“A desigualdade é a base da nossa sociedade, e é ela quem vai dificultar os acessos básicos à saúde, sobretudo para as mulheres”, essa foi a fala da psicóloga e professora Paula Land Curi, que deu início a 75ª reunião da Rede Mulher. Com o tema “Dilemas diários que afetam a saúde da mulher”, o encontro organizado pela Subsecretaria de Políticas Públicas para Mulheres reuniu diversos profissionais e lideranças atuantes na garantia de direitos das mulheres. A programação, que aconteceu no Centro Cultural Joaquim Lavoura, faz parte das atividades do Outubro Rosa, mês de conscientização sobre o câncer de mama.
Em um município com mais de 50% de mulheres, a subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Andrea Machado, destaca a importância de espaços de fortalecimento e discussão de políticas efetivas que viabilizem qualidade de vida para todas as mulheres.
“Eu só tenho a agradecer a todos e todas que acreditam nesse trabalho que é a rede mulher. Um espaço de desenvolvimento de estratégias efetivas que garantam o empoderamento e a construção de autonomia das mulheres e dos seus direitos. Temos tido o aval e a confiança do prefeito José Luiz Nanci, assim como da secretária Marta Maria que compreendem a importância de se investir e pautar políticas públicas para as mulheres em São Gonçalo”, disse.
Durante a roda de conversa, a psicóloga Paula Land destacou como as desigualdades influenciam no acesso a serviços básicos de prevenção e cuidados, e para além do câncer levantou questões a partir de uma pergunta: “O que é saúde e o que a sociedade tem a ver com isso?”.
Hoje, a pobreza extrema atinge mais de 14 milhões de brasileiros. Uma em cada quatro mulheres no país não possui acesso à infraestrutura sanitária e saneamento básico, segundo o Instituto Trata Brasil, o que as coloca em risco na incidência de diversas doenças e complicações. A conversa também deu destaque a importância do olhar racializado para a saúde da mulher, onde mais de 60% das mortes maternas são de mulheres negras.
“A gente precisa levantar essas questões e ter espaços para discussão e promoção de diálogo. A forma de pensar política pública deve ser horizontal e pautando todas as diferenças”, ressaltou a secretária de Políticas Públicas para Mulher, Idoso e Pessoa com deficiência, Marta Maria Figueiredo.
Autor: Thayná Valente
Foto: Lucas Alvarenga
Fonte: SMDS
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