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Recém-nascido abandonado é atendido no Pronto Socorro Infantil

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Publicado em:  27/08/2019

O bebê recém-nascido abandonado, encontrado embaixo de um carro pelo universitário Allan Farias, na manhã desta terça-feira (27), no bairro Porto da Madama, foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhado para atendimento hospitalar no Pronto Socorro Infantil Darcy Vargas, no bairro Zé Garoto. O bebê, um menino, de 2.785 quilos e 48cm, encontra-se estável, realizou exames de sangue, e passou por procedimentos médicos na sala vermelha, onde são atendidos casos de emergência.

A Policia Militar foi acionada às 7h50 para uma ocorrência na Rua Belo Horizonte, no bairro Porto da Madama, em São Gonçalo. Ao chegarem ao local, se depararam com o estudante, que ao sair de sua residência para ir a faculdade escutou um choro e ao olhar debaixo do veículo Fiat Alba estacionado próximo ao local, encontrou o recém-nascido embaixo do carro, ainda com o cordão umbilical. O Samu foi acionado, realizou os primeiros socorros ao bebê, o aqueceu com manta térmica e o encaminhou para atendimento hospitalar no hospital infantil.

“Eu estava indo em direção à faculdade, caminho que sempre faço pela manhã, quando ouvi o barulho do bebê. No primeiro momento, eu pensei que fosse choro de um filhote de cachorro ou gato. Parei para ajudar, até porque gosto muito de animais, e me assustei quando vi que era uma criança embaixo do carro. Assim que vi, liguei para a Polícia Militar e Samu. Por sorte sou estudante de Educação Física e consegui prestar os primeiros-socorros”, conta o estudante Allan Farias.

Ao ser acionado, o Samu foi imediatamente ao local realizar o resgate. A médica Giovanna Almeida explica quais procedimentos foram feitos. “Quando chegamos, o bebê ainda estava com o cordão umbilical ligado à placenta. Fizemos a limpeza e aquecimento, que são os primeiros cuidados que devemos ter com o recém-nascido. Estar com o cordão ligado à placenta foi o que salvou a vida dele. Agora, a criança está sendo bem cuidada no Pronto Socorro Infantil”, informa Giovanna, que estava acompanhada, durante o resgate, pela enfermeira Rithiele Sousa e o condutor socorrista André Malheiros.

O Conselho Tutelar já está ciente do caso e a criança será atendida pelo programa Família Acolhedora, que ainda hoje irá começar a acompanhar a criança, onde depois são encaminhadas para adoção. Criado como uma política pública protetiva para crianças em situação de vulnerabilidade, atualmente o serviço acolhe 16 crianças de zero a seis anos que hoje moram em um lar temporário cheio de amor e afeto. O serviço é responsável por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar as famílias acolhedoras, bem como realizar o acompanhamento da criança acolhida e as famílias de origem, com uma equipe formada por assistente social, psicólogas e educadores sociais. A proposta é acolher e tornar novamente possível a convivência familiar e comunitária. Diferente do abrigamento institucional, as crianças convivem com a família todo tempo, garantindo uma infância com afeto e cuidado, como toda criança merece.

“Cada família é responsável por estimular o desenvolvimento dessas crianças. Elas recebem todo o apoio da Prefeitura, inclusive de alimentação, além do acompanhamento feito pela equipe técnica. Mesmo ficando com a criança por um período definido por um juiz, isso ajuda muito para que essa criança tenha um desenvolvimento saudável e cercado de afeto”, explica a coordenadora do serviço, Dinamarcia Monteiro.

Autor: Ascom
Foto: Divulgação
Fonte: Ascom

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