Profissionais de saúde participam de capacitação para realizar testes rápidos de ISTs

Empatia, acolhimento e uma perspectiva de cuidado. Estes foram os três pilares da capacitação realizada nesta terça-feira (9), pela Secretaria de Saúde, voltada para enfermeiros da rede no atendimento a pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) ou ainda os que procuram a rede para a realização de teste rápido. A capacitação realizada através do Núcleo de Educação Permanente em Saúde (Neps), garante não só a formação continuada dos profissionais, como a qualidade no atendimento a população.

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada.

De acordo com a coordenadora do programa municipal Ist/AIDS, Evelin Mendonça, a proposta da capacitação é ampliar e descentralizar cada vez mais a testagem rápida no município, fazendo com que mais pessoas tenham acesso ao teste, que abrange quatro tipos de infecções: sífilis, hepatite B, hepatite C e HIV.

“Atingindo um número maior de pessoas, estamos promovendo saúde e prevenção. Além de capacitar o profissional, essa formação tem por objetivo descentralizar o acesso à informação e garantir que a rede esteja preparada para acolher essa população!”, afirmou a coordenadora.

Através do Serviço de Atendimento Especializado (SAE), o município possui 32 equipes da estratégia de saúde que fazem o teste rápido, nos cinco Polos Sanitários , Clínica Municipal do Barro Vermelho, Clínica Municipal do Mutondo e na Clínica da Família Doutor Zerbini, no Arsenal.

O programa já realizou mais de 4 mil testes, acolhendo moradores de São Gonçalo e regiões vizinhas como Maricá, Itaboraí e Niterói. De acordo com levantamentos do SAE, a maior incidência de casos de HIV é de jovens entre 15 e 29 anos, com uma média de 13 a 17 casos por semana.

Dentro do Serviço de Atendimento Especializado existe o Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA). Psicólogo atuante do serviço, Márcio Rodrigues, quem realizou a capacitação, afirma que é preciso ver pessoas e não números.

“Essa capacitação é formada por três momentos: a primeira abordagem teórica; a parte laboratorial e a execução, onde os profissionais vão vivenciar o atendimento junto com a gente. Para além de números é preciso lembrar que estamos atendendo e ouvindo pessoas e suas histórias. É importante construir relação de empatia e se colocar no lugar do paciente, sem fazer juízo de valor, independentemente do resultado, e garantir que ele seja acolhido e, caso precise, realize o tratamento da melhor forma!”, destacou.