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Prefeitura presta mais respeito e dignidade a pacientes psiquiátricos

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Publicado em:  06/07/2017

A Clínica Psiquiátrica Nossa Senhora das Vitórias, no Zé Garoto, está passando por uma grande reforma estrutural que compreende a parte elétrica, hidráulica, além de pintura e reforma da unidade que hoje abriga 223 pacientes. A reforma vai desde as seis enfermarias, sala de curativos até o refeitório. O objetivo é melhorar a qualidade dos serviços oferecidos aos pacientes que ainda não podem ser reinseridos na sociedade.

A unidade atende pacientes graves, que mesmo após o processo de desinstitucionalização das unidades psiquiátricas não receberam alta para voltar ao convívio social. Segundo o secretário de Saúde, Dimas Gadelha, a construção do processo de humanização na área da saúde mental se traduz em um desafio para os profissionais que atuam na área.

“A trajetória do cuidado aos portadores de transtornos psíquicos são marcadas pela falta de assistência humana básica e excesso de medicação. Essa cultura antiga sobre a necessidade da internação psiquiátrica traz entraves no âmbito familiar, social e assistencial”, conta o secretário.

A rotina dos pacientes tem uma programação que inclui diversas atividades. Além do cuidado diário com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, os terapeutas ocupacionais realizam um trabalho de acordo com as necessidades individuais de cada um. Entre as atividades, dança, oficina de pintura, futebol, oficina de beleza e cinema fazem parte da programação. Em breve, os pacientes participarão de uma oficina de horta ecológica, onde irão plantar hortaliças, para depois consumir em suas refeições.

Na última semana, a Clínica Nossa Senhora das Vitórias recebeu 72 pacientes oriundos da Clínica Santa Catarina, que foi interditada após uma inspeção realizada pela equipe de Vigilância em Saúde Estadual.

Outros 25 pacientes que residiam no Lar Protegido foram encaminhados para Residências Assistidas, ambiente adequado para oferecer acompanhamento às pessoas que ainda necessitam de cuidados, em um lugar fora do ambiente hospitalar. Nela, eles recebem cuidados de enfermeiros, psicólogos, terapeutas e cuidadores que se revezam no local 24 horas. As rotinas diárias dos moradores são monitoradas, mas estes pacientes são mais independentes e realizam cuidados pessoais e tarefas domésticas.

Nessas circunstâncias podem desenvolver convívio social e atividades de lazer. Muitos pacientes recebem visitas de familiares, como é o caso de Luiz Carlos Martins, 51 anos. Após dois anos de internação, passou dois meses no lar protegido e hoje convive com os amigos na vila de casas no bairro Rocha. Sua irmã, Lotéria Xavier, 56 anos, visita o irmão regularmente e nesta primeira visita fez uma análise do novo local.

“Gostei muito do novo ambiente. Além de ser agradável, temos acesso a residência e posso visitá-lo na hora em que eu quiser. No hospital tinha horário de visita e um lugar específico para vê-lo. O importante é o bem estar dele, fico bem mais tranquila ao ver que ele está sendo bem cuidado”, conta.

Autor: Ascom
Foto: Marcio Oliveira e Girley Oliveira
Fonte: Ascom

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