O IV Curso de Extensão Interseccionalidade: Redes e as Práticas de Enfrentamento à Violência, promovido pela Secretaria Municipal de Políticas Públicas para o Idoso, Mulher e Pessoa com Deficiência (SEMIMD), em parceria com a Universidade Federal Fluminense, concluiu nesta quarta-feira (3) o ciclo de aulas da atividade. Foram realizados cinco encontros que abordaram temas relacionados à organização de redes, movimentos de mulheres, movimento LGBTi, geração e ênfase nos idosos e, para encerrar a série de palestras, o assunto escolhido foi Interseccionalidade, Rede e a Pessoa com Deficiência.
A assistente social e doutoranda em Saúde Pública, Francine Dias, foi a escolhida para ministrar a última aula do curso. Para Francine não há possibilidades de produzir redes potentes sem considerar as diferentes formas de opressão que se intersectam e constituem as possibilidades de existência de cada pessoa.
“Esse debate sobre a pessoa com deficiência, a partir de uma perspectiva interseccional, nos ajuda a pensar que não é só a deficiência que é um marcador de diferença que pode produzir formas específicas de violência e opressão, mas isso é atravessado por uma série de elementos sociais, econômicos e políticos. A importância de se reunir com esses profissionais da rede de assistência é poder trocar experiências, trazer questionamentos, valorizar a escuta do outro e a partir daí pensar e produzir caminhos”, explicou Francine.
A atividade teve como público alvo profissionais e estudantes da assistência social, saúde, educação, segurança pública, e todas as instituições que compõem as redes de proteção e conselhos de São Gonçalo e municípios vizinhos.
O estudante de serviço social, Mikael Viegas, de 24 anos, foi um dos alunos que participou do curso, que conferiu um certificado de 20 horas de atividade complementar, e falou sobre a experiência.
“Esse curso foi uma experiência muito positiva que vou levar para a minha vida profissional. Trabalhar a interseccionalidade dentro dessas temáticas é muito importante para ter um processo de trabalho articulado com outras categorias e instituições e assim garantir uma luta por direitos mais efetiva”, afirmou Mikael.
Para a secretária da SEMIMD, Marta Maria Figueiredo, essas capacitações são essenciais para manter a rede cada vez mais fortalecida.
“Concluir mais um curso pensado e realizado com muito carinho por nossa equipe, em parceria com a UFF, é muito gratificante. Tenho certeza que esses profissionais encerram este ciclo com experiências e informações que poderão aproveitar em seu dia a dia. O trabalho em rede é importante e fundamental para que não haja a violação de direitos”, concluiu Marta.
Autor: Luciana Pimentel
Foto: Divulgação
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