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Patrulha Maria da Penha realiza palestras aos alunos da rede municipal de ensino de SG

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Publicado em:  23/09/2019

Uma parceria entre o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), Polícia Militar e a Secretaria Municipal de Educação de São Gonçalo irá garantir a realização de palestras sobre violência doméstica aos alunos da rede municipal de ensino. A intenção de inserir a temática no âmbito escolar tem o objetivo de impulsionar a reflexão e diminuir casos de violência contra a mulher.

“É fundamental trabalhar pela conscientização sobre a violência contra a mulher desde a infância. A união de forças é importante para mudar mentalidades e nos levar à maturidade da cidadania com essas crianças, através da intervenção pedagógica”, aposta o prefeito José Luiz Nanci.

O projeto que será implantado nas escolas, ainda este ano, é realizado pelos PMs atuantes na Patrulha Maria da Penha – Guardiões da Vida. “Nosso projeto foi acolhido pelo TJ e queremos, com esse trabalho, desconstruir paradigmas da agressão física que muitas vezes vem de outras gerações da família. Nosso objetivo é fazer a criança repensar e perceber que aquilo que muitas vezes faz parte do seu cotidiano, é errado, e não achar que é algo normal”, explica o cabo Michel Aguiar, que faz dupla com a cabo Luzimar de Souza Marques, na patrulha Maria da Penha atuante no 7º Batalhão de Polícia Militar(BPM).

Segundo a assistente social do juizado de Violência Doméstica de São Gonçalo, Simone Cosendey, a proposta do projeto é realizar um trabalho preventivo. “Eu acredito muito no trabalho educativo e o interesse não é só dos alunos nos ouvirem e, sim, interagir, tirar dúvidas. Queremos falar sobre todos os tipos de violência. A psicológica, por exemplo, é velada e às vezes marca mais que a física. Esse é mais um passo importante para darmos um basta na violência”, afirma.

São Gonçalo é o quarto município do Estado do Rio em números de denúncias de violência contra a mulher. Em 2018 foram contabilizados 1628 casos de lesão corporal, 229 casos de estupro, 1561 de ameaça e 1160 casos de violência moral. Os dados são do Dossiê Mulher 2019.

“Ter a possibilidade de se trabalhar com uma conduta pedagógica contra a violência doméstica é extremamente importante. Iremos fazer reflexões e atividades específicas para cada tema abordado. Assim, vamos contribuir com a transformação de comportamentos violentos e o desrespeito aos direitos humanos no âmbito doméstico, familiar e, principalmente, da violência de gênero, especialmente contra as mulheres e diretamente nas suas famílias, por meio de intervenção pedagógica, inserindo os temas nas atividades curriculares”, explica o secretário municipal de Educação, Marcelo Azeredo.

Autor: Marcelle dos Santos Correa Batista
Foto: Lucas Alvarenga
Fonte: Ascom

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