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Paciente oncológica do Espaço Rosa tem filho após câncer de mama

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Publicado em:  08/01/2020

Mais uma vez o Espaço Rosa é presenteado por suas pacientes. Mesmo com todas as adversidades e consequências do tratamento contra o câncer de mama, há casos em que elas conseguem realizar o sonho de ser mães sem riscos ao bebê ou da doença voltar, como aconteceu com Lucelena Matos, de 32 anos, moradora de Niterói, que deu a luz a Théo Francisco na última terça-feira (7), na Maternidade Municipal Mário Niajar.

“Foi aos 27 anos, em minha casa, que senti um caroço na minha mama direita. A princípio achei que era impressão até perceber que poderia ser mais grave. Fui ao médico, constataram o nódulo e logo precisei iniciar o tratamento por já se encontrar num estágio avançado da doença. Durante as consultas fui informada dos riscos da gravidez durante a doença ou mesmo logo depois. Tudo foi um susto muito grande, a sensação que tive foi de morte, mas graças a meus familiares e amigos tudo deu certo. No início eu não queria aceitar, mas sempre pensando nos meus dois filhos que tive antes de ficar doente, eu não desisti. Hoje estou aqui praticamente curada, cinco anos após a descoberta e com meu filho nos braços. Não tem milagre e resultados melhores”, declara Lucelena, mãe de Théo, que nasceu de parto normal, com 4.310kg e 55cm.

Estudos afirmam que um dos principais efeitos colaterais da quimioterapia envolve a redução da reserva de óvulos, ocasionando a menopausa precoce, a insuficiência ovariana e, consequentemente, a dificuldade de engravidar. Ainda assim, as mulheres não perdem a esperança e o aconselhado é esperar cerca de dois anos após o tratamento para iniciar as tentativas.

“No meu caso foi sem querer, mas graças a Deus deu tudo certo e não poderia estar mais feliz do que ter meu filho lindo e saudável. O meu caso mostra que todas as mulheres podem ser vítimas de câncer de mama. Então, todas devemos realizar exames periódicos, seja qual for sua idade, e que se for diagnosticada, não percam a esperança de recuperação, pois o câncer tem tratamento e sua vida será ainda melhor após ele”, esclarece Lucelena.

A coordenadora do Espaço Rosa, Patrícia Silva, acompanhou todo o desenvolvimento do bebê e foi escolhida como madrinha. Ela afirma que é uma emoção muito grande esse momento.

“É com grande alegria que recebemos o Théo em nossas vidas. Ele faz parte de um presente após grande luta e vitória num período de muito sofrimento que acompanhei minha amiga passar. Ver as pacientes da unidade tendo felicidades e uma vida ainda melhor após o tratamento é algo indescritível. Espero que ela sirva de exemplo para milhares de outras mulheres que estão em tratamento de que a vida não para por causa dessa doença. Essa fase é muito difícil, ainda mais que vai afetar muito nosso cotidiano. O caso da Lucelena é um exemplo de superação e felicidade que uma doença não foi capaz de ultrapassar”, explica Patrícia Silva.

Apenas no Espaço Rosa cerca de 15 pessoas recebem o diagnóstico de câncer, semanalmente, após o resultado da biópsia. A partir disso, Patrícia Silva criou o grupo Unidos Pela Vida, que hoje conta com mais de 450 pacientes, com o objetivo de agregar mulheres em vários estágios de tratamento, até quem já se curou, para trocarem experiências, desafios diários, desabafos e realizarem atividades, visando mostrar que o sofrimento é passageiro e a vida será ainda melhor após esse estágio.

Autor: Raquel Muniz
Foto: Divulgação
Fonte: Ascom

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