Início > Educação > Música como instrumento de interação social para autistas

Música como instrumento de interação social para autistas

Compartilhe isso:


Publicado em:  07/09/2022

Centro de Referência de São Gonçalo oferece aulas no contraturno escolar

Interagindo com os instrumentos musicais e entre si, os alunos da rede municipal Enzo Deodato e Bruno José, que são diagnosticados com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e frequentam o Centro de Referência do Autista Marlene Felício Faria, no Centro, no contraturno escolar, estão descobrindo a música. O espaço oferece aula, utilizando instrumentos como violão, pandeiro, tambor, chocalho, além de instrumentos de percussão, que desenvolvem a percepção e a sensibilidade do autista.

Segundo a professora Ana Laura Simão, a aula tem ênfase em desenvolver não só as habilidades musicais, mas também as expressivas e de comunicação social. Para isso, as aulas estão sendo ministradas em conjunto, para estimular também a interação entre os alunos.

“Embora eles estejam aqui para aprender um instrumento, aprender música, eles também estão para interagir com outras pessoas. Nós acreditamos no potencial musical do autista e, a cada semana, eles me surpreendem com tamanha sensibilidade. Eu acredito que, muitas vezes, faltam essas oportunidades e esses estímulos para que a pessoa desenvolva o talento para a música”, explica a professora.

O aluno Enzo Deodato, de 9 anos, frequentava o Centro de Referência fazendo outras terapias e, em determinado momento, começou a ouvir uma música que vinha da outra sala. Percebendo o interesse dele, os profissionais foram direcionando a criança para as aulas de música.

“O Enzo sempre foi muito sensível, desde pequeno pedia para ouvir música, ele gosta de qualquer instrumento melódico. Desde que começou na aula, ele tem se interessado e pede para tocar instrumentos em outros lugares, fora do atendimento. Ele já sabe exatamente os dias que ele tem aula aqui e não quer ir embora. O Enzo encontrou aqui um lugar em que ele pode se soltar e se abrir, encontrou referência”, conta a mãe do Enzo, Thaís de Paula.

Já o aluno Bruno José, de 11 anos, sempre gostou muito de música eletrônica mas, apesar de ter aptidão, não queria frequentar aulas de música. Hoje em dia, ele está aprendendo a tocar alguns instrumentos e já acompanha a professora, fazendo a percussão.

“O Bruno sempre gostou de música, mas era muito resistente a aprender. Aqui no Centro de Referência, a professora ensina de uma forma que ele não percebe, ele aprende brincando. Todas as terapias que ele faz aqui ele sai feliz, ele gosta muito de estar aqui e agora está fazendo amigos. Ele se sente incluído, parte do Centro de Referência”, afirmou a mãe de Bruno, Érika Ribeiro.

Autor: Ascom
Foto: Ascom
Fonte: Ascom

Notícias relacionadas

Skip to content