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Mostra de Talentos reúne estudantes de 18 escolas

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Publicado em:  26/10/2017

A edição 2017 da Mostra de Talentos do EJA (Educação de Jovens e Adultos) reuniu estudantes, professores, diretores e coordenadores das 18 escolas participantes do programa em São Gonçalo, no Colégio Municipal Presidente Castello Branco, no Boaçu. O auditório ficou lotado e a integração foi total com participação expressiva de todos. Na abertura do encontro, o secretário Municipal de Educação, professor José Augusto Nunes, falou sobre a importância da valorização dos alunos.

“Eu estou muito orgulhoso de estar aqui diante de vocês enquanto alunos para prestigiar este evento e dizer que a escola é nossa, a escola é pública e vocês fazem parte de um conjunto que nós, professores, precisamos valorizar. Como se valoriza o aluno? Dando conhecimento e dizendo que a escola pública é dele e que ele junto com a gente tem que construir a escola. Essa mostra de jovens e adultos prova que vocês têm um valor enorme para nós que cuidamos da educação. Então, eu quero aqui deixar um abraço para vocês e dizer que vocês podem contar com este professor e a nossa equipe porque eu também sou professor de jovens e adultos”, ressaltou o secretário.

O professor José Augusto fez questão de reafirmar aos alunos que o conhecimento é o caminho para uma vida melhor e que eles devem aproveitar ao máximo o tempo em que estão na escola. “Como eu sou um pouquinho antigo, eu ainda peguei o tempo do ensino supletivo, onde a gente tinha uma relação direta com o aluno e fazíamos ele acreditar que era possível conhecimento para conseguir uma vida melhor. Eu vou encerrar dizendo para não levar dúvidas para casa, aproveitem enquanto vocês estiverem frequentando a escola para perguntar, para estudar, porque a vez é de vocês. Muito obrigado e contem sempre com esse professor aqui, que hoje está na Secretaria municipal de Educação”, concluiu José Augusto.

Durante o encontro foram realizadas oficinas de pintura, confecção de flores de papel, customização e africanidade. Os estudantes também tiveram a oportunidade de responder a uma pesquisa sobre o EJA, seus pontos positivos e o que falta para melhorar a qualidade do trabalho. O tema central era “Que escola de EJA nós queremos?”.

Professora do Castello Branco, Rita de Cássia integra a equipe do EJA e sente orgulho do papel que exerce. “O que faz a gente continuar nessa luta é ver esse momento tão importante aonde há integração entre as pessoas, aonde o aluno se dispõe a participar e a gente vê o interesse deles porque são alunos – que na sua maioria – trabalham, são donas de casa. Isso traz uma satisfação para nós que somos professores. Aqui no Castello Branco eu estou tendo a oportunidade de trabalhar com um grupo, que é o pessoal do Fundamental II, e isso para mim está sendo muito legal porque a gente traz aulas mais lúdicas, aulas diferenciadas e eles topam participar e a gente entende que é um aprendizado diferenciado, isso tem sido muito gratificante. Então vale a pena. O EJA precisa existir e precisa se investir para que a cada dia gente consiga ter o maior número de alunos possível e, o mais importante, aprendendo”, afirmou Rita de Cássia.

Para os estudantes matriculados no EJA, o programa é a chance que têm para estudar e recuperar o que não pôde ser aprendido na juventude, como afirmou Iranilda Monteiro de Lima Silva, de 38 anos. “O EJA para mim foi uma oportunidade ímpar que eu consegui na minha vida porque tive que trabalhar cedo, não deu para eu estudar e agora eu tenho uma chance maravilhosa. Para mim está sedo uma bênção”, disse.

A opinião de Iranilda é compartilhada por Cândido da Silva Moreno, de 55 anos. “Quando eu era novo eu não pude estudar. Então essa é uma segunda chance que eu estou tendo. Para mim, o EJA é muito importante porque se não tivesse esse programa, hoje eu não estaria aqui estudando. Estou tendo uma segunda chance, uma oportunidade de aprender aquilo que eu não aprendi quando eu era pequeno e acredito que muitos ainda hoje passem por isso. Muitos jovens passam por essa fase que eu passei de não se interessar pelos estudos, mas no futuro vão ver que faz falta e, de repente, se não tiver o EJA eles não terão essa oportunidade que eu estou tendo hoje”, ressaltou Cândido.

Autor: Selma Nogueira
Fonte: Semed

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