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Fórum debate melhores condições para mulheres negras em São Gonçalo

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Publicado em:  30/07/2018

O Fórum de Mulheres Negras, realizado no último dia 25, no Clube Tamoio, reuniu representantes de diversos segmentos como OAB, Associação Gonçalense de Letras e entidades ligadas diretamente ao movimento negro na cidade. A Secretaria Municipal de Educação (Semed) foi representada pelas professoras Henriette Porciúncula, diretora do Centro Municipal de Formação Continuada Prefeito Hairson Monteiro dos Santos (Crefcon), e Vanda Nicácio, coordenadora do Programa Mais Educação.

Mais do que discussões e debates, o evento se transformou em uma grande confraternização, onde cada participante expôs seu parecer sobre a situação da mulher negra no município e o que está sendo feito para reverter essa situação, como explicou Avanir Carvalho Pontes, professora, administradora, coordenadora do Fórum de Mulheres Negras de São Gonçalo, também coordenadora do Fórum estadual de mulheres negras do Rio de Janeiro.

“Hoje é o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. Aqui em São Gonçalo a gente sabe da incidência maior da população de pessoas negras, principalmente mulheres negras. Existem muitos movimentos aqui voltados para a pessoa negra, mas não existia um específico de mulheres negras. Daí ano passado, em 25 de julho de 2017, nós instalamos aqui o Fórum de Mulheres Negras de São Gonçalo, com o objetivo principal de tirar as mulheres negras de São Gonçalo da invisibilidade e dar a elas um empoderamento, mostrando que elas são capazes como quaisquer outras. Por isso, quando a gente traz aqui as palestrantes , são todas negras, porque a gente mostra que elas chegaram lá porque estudaram, se esforçaram , porque todas nós temos capacidade para isso. A gente quer que a mulher negra de São Gonçalo aprenda a reivindicar seus direitos para combater o racismo institucional que existe aqui, o racismo, o coronelismo, para dar a essa mulher a condição de saber o que reivindicar, como reivindicar, a quem reivindicar e o que fazer”, disse.

O presidente da Academia Gonçalense de Letras, Décio Machado, fez questão de prestigiar o Fórum e falou sobre a importância do evento para o município. “Estou muito contente em participar deste evento, da transformação de cabeça, trazendo a consciência. O Dia Internacional da Mulher Negra é de suma importância para a evolução na sociedade. Tenho a consciência de que através da Academia podemos dar a nossa parcela de contribuição porque ali nós fazemos nossos livros, fazemos os nossos poemas, nossas provas, enfim comunicando com a população e essa mensagem sobre a resistência negra é de suma importância para o nosso país, principalmente da resistência das mulheres”, afirmou Décio, que homenageou as mulheres negras com o poema “Sapato de Branco”, de sua autoria.

A programação foi intensa durante todo o dia com palestras que abordaram a condição da mulher negra na sociedade, invisibilidade e empreendedorismo. Também foram realizadas diversas rodas de conversa, oficinas e apresentações culturais. “É muito importante que a mulher negra tenha consciência do seu verdadeiro papel dentro da sociedade, tendo o empoderamento necessário à sua maior valorização”, afirmou Santana, coordenador de Promoção de Igualdade Racial em São Gonçalo.

Autor: Selma Nogueira
Foto: Divulgação
Fonte: Semed

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