Assistência Social
Aulas na Padaria Escola seguem a todo vapor
21/04/2025
“Eu só sei hoje o quanto é bom acolher porque eu me dei essa oportunidade, que mudou a minha vida e da minha família”, disse a voluntária Lucia Salgado Justino, que há dois anos participa do serviço de acolhimento Família Acolhedora, da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. Pensado como uma medida protetiva, hoje abriga 13 crianças em situação de vulnerabilidade em lares temporários. O serviço é responsável por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar as famílias acolhedoras, bem como realizar o acompanhamento da criança acolhida e as famílias de origem. Com uma equipe formada por assistente social, psicólogas e educadores sociais, a proposta é tornar novamente possível a convivência familiar e comunitária.
Diferente do acolhimento institucional dos abrigos, as crianças convivem com a família todo tempo. E no seio familiar com afeto e a rotina, está ali tendo a possibilidade de ter o convívio e os laços preservados, garantindo a segurança dessas crianças.
Uma das voluntárias é a autônoma Marluce Pinheiro, de 47 anos, que já está no terceiro acolhimento. Há pouco mais de um ano participando da iniciativa, ela relata o quanto o serviço mudou a rotina de toda a família para melhor.
“Tenho três filhos, a mais velha tem 27 e os outros dois, 17 e 14. Além disso, também tenho uma filha do coração que mora comigo. No segundo acolhimento, eu e meu marido decidimos ficar com gêmeos. A família cresceu e hoje no terceiro acolhimento eu vejo essa como uma decisão de amor e cuidado. Eu sei que será temporário, por isso enquanto eles estão comigo eu dou todo o amor e carinho que merecem, até que possam voltar para suas famílias. Eu não acolho sozinha, meu marido e filhos, todos participam. Isso uniu ainda mais a minha família! O abandono não acontece só em outros países, isso está muito perto de nós. Eu vejo como uma forma de ensinar aos meus filhos e também aprendo a amar e respeitar o próximo”, conta.
Para a subsecretaria de Infância e Juventude, Maria Domingas, o objetivo maior do serviço é possibilitar, dentro da garantia de direitos, o retorno dessas crianças para um lar onde elas poderão chamar de casa.
“Grande parte das famílias de origem possuem um histórico de violação de direitos. Por isso o serviço é tão importante, porque além de acolher a criança nós também acompanhamos essas famílias entendendo que cada caso é um caso e criando pontes para que todos possam acessar seus direitos quanto cidadãos, garantindo o respeito a dignidade do outro. Nossa maior tarefa é que essas crianças retornem aos seus lares de origem. E esgotadas as possibilidades, a partir de um avaliação técnica com os serviços de garantias de direitos como o Ministério Público, Conselho Tutelar, Vara da Infância, nós indicamos para que essa criança entre no processo de adoção, quando é o caso”, ressaltou.
Para fazer parte do programa basta procurar a equipe do serviço na sede da secretaria, localizada na Rua Uriscina Vargas, 36, Mutondo.
Autor: Ascom
Foto: Lucas Alvarenga
Fonte: SMDS
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