Assistência Social
Aulas na Padaria Escola seguem a todo vapor
21/04/2025
Um lar temporário, cuidado e afeto, é o que crianças de zero a seis anos, em vulnerabilidade social, têm encontrado através do programa Família Acolhedora, em São Gonçalo. Atualmente, cerca de 20 famílias estão inscritas na iniciativa, que já mudou a realidade de centenas de crianças no município. Na tarde desta terça-feira (23), a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social realizou um encontro com os acolhedores. A reunião contou com a presença da equipe técnica, formada por psicóloga, assistentes sociais, educadores, além da subsecretária da Infância, Adolescência e Juventude, Maria Domingas, que falou sobre a expansão do projeto.
“O programa é um serviço extremamente eficaz e importante quanto política pública protetiva para crianças. Nós temos um grupo de acolhedores fortalecido, mobilizado e comprometido com o que faz. E agora, após estudarmos as possibilidades, queremos ampliar a rede de acolhimento para crianças de seis a 12 anos também. É um desafio, mas faremos da melhor forma possível”, disse.
O programa Família Acolhedora é uma medida protetiva onde crianças em situação vulnerável permanecem em lares temporários .O serviço é responsável por selecionar, capacitar, cadastrar e acompanhar as famílias acolhedoras, bem como realizar o acompanhamento da criança acolhida e as famílias de origem, com uma equipe formada por assistente social, psicólogas e educadores sociais. A proposta é acolher e tornar novamente possível a convivência familiar e comunitária.
Uma das acolhedoras é a autônoma Marluce Pinheiro, de 46 anos, que já está no segundo acolhimento. Há um ano participando da iniciativa, ela relata o quanto o serviço mudou a rotina de toda a família para melhor.
“Tenho três filhos, a mais velha tem 26 e os outros dois, 16 e 13. Além disso também tenho uma filha do coração que mora comigo. Nesse segundo acolhimento, eu e meu marido decidimos ficar com gêmeos. A família cresceu, e eu vejo essa como uma decisão de amor e cuidado. Eu sei que será temporário, por isso enquanto eles estão comigo eu dou todo o amor e carinho que merecem, até que possam voltar para suas famílias. Eu não acolho sozinha, meu marido e filhos, todos participam. Isso uniu ainda mais a minha família! O abandono não acontece só em outros países, isso está muito perto de nós. Eu vejo como uma forma de ensinar aos meus filhos e também aprendo a amar e respeitar o próximo”, conta.
O acompanhamento é feito por meio de reuniões mensais, onde as famílias relatam e trocam experiências do acolhimento. Para a psicóloga Rachel Baptista, a importância desse vínculo, ainda que temporário, faz com que a criança não perca referências familiares. Segundo ela, por mais que a acolhida seja temporária, a humanização do período longe da família biológica auxilia de forma positiva
“Cada família é responsável por estimular o desenvolvimento dessas crianças. Elas recebem todo o apoio da Prefeitura, inclusive de alimentação, além do acompanhamento feito pela equipe técnica. Mesmo ficando com a criança por um período definido por um juiz, isso ajuda muito em uma possível reinserção do menor a sua família de origem”, explica.
Interessados em participar devem comparecer à Travessa Uriscina Vargas, 36, Mutondo, ou ligar para o telefone 3719-2473.
Autor: Thayná Valente
Foto: Lucas Alarenga
Fonte: SMDS
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