Saúde e Defesa Civil
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03/05/2025
Neste mês de setembro, o Espaço Partejar, situado na Maternidade Doutor Mario Niajar, em Alcântara, completou um ano de inauguração. A sala dedicada ao parto humanizado atua com um conjunto de práticas e procedimentos que buscam readequar o processo de parto dentro de uma perspectiva menos medicalizada, mais humana e acolhedora. Nesse período, desde 18 de setembro de 2018, a unidade contabilizou 820 partos normais com as enfermeiras obstétricas, sendo 100 realizados na sala por opção própria das pacientes. A expectativa é que o número aumente no próximo ano.
“Quando falamos de parto humanizado, estamos nos referindo às formas de assistência prestadas no momento do parto. Os profissionais envolvidos passam a acompanhar e entender as necessidades de cada mulher, respeitando o momento e não apenas atuando com intervenções tecnológicas. Dentre as metas realizadas na área da saúde, esta é mais uma que já está beneficiando centenas de famílias gonçalenses”, declara o prefeito José Luiz Nanci.
A atuação da enfermagem obstétrica é um dos pilares do processo de humanização do parto, uma vez que contribui para o aumento dos índices de partos naturais e redução das intervenções desnecessárias, além de favorecer o contato físico e emocional dos pais com os bebês.
A coordenadora de enfermagem da maternidade, Martha Belleza, afirma que esse resultado é um grande avanço para o conceito de parto humanizado. “O Espaço Partejar está em processo de adequação pelas atuais e futuras gestantes, pois muitas ainda não conhecem os métodos da sala e os benefícios do parto normal. Sempre que uma paciente chega na unidade sem saber qual tipo de procedimento quer realizar, indicamos o parto natural e apresentamos o processo realizado no Partejar. Durante o processo são realizados diversos movimentos e posições que auxiliam na descida do bebê e alívio da dor. Em um parto humanizado, a ação é toda da mulher que segue o processo fisiológico do parto, onde as enfermeiras obstétricas colocam todo o conhecimento à disposição da gestante, da parturiente e do recém-nascido. As vantagens são imensas para a mãe e o desenvolvimento da criança, além de uma melhor recuperação no pós-operatório”, explica.
Atualmente, cerca de 60% dos partos realizados na unidade são normais. Dados divulgados pela maternidade informam que em agosto de 2019, a maternidade teve um total de 2858 pacientes atendidas na emergência, sendo que 554 internações de gestantes foram internadas. Todas elas moradoras das cidades de São Gonçalo, Itaboraí, Itaguaí, Maricá, Niterói, Rio de Janeiro e Tanguá. Já o número de partos totalizaram 431 casos, dos quais foram 234 partos naturais e 197 cesáreas. Em setembro, até o dia 21 ocorreram 328 partos, sendo 177 normais e 151 cesáreas.
A paciente, Kennya Gama, de 17 anos, foi uma das mães que tiveram seu bebê de forma natural na maternidade. A moradora do bairro Sacramento deu entrada na unidade com muita dor e ao ser examinada pela médica foi constatado uma dilatação de 9cm, fez o parto natural e às 8h10 teve sua filha, Ana Eloisa, saudável, com 3,540kg e 48cm. Ela afirma que não esperava gostar tanto deste método mais humanizado, uma vez que teve seu outro filho de cesárea. “Eu estava marcada para fazer cesárea, mas estava passando muito mal hoje, já estava com 39 semanas e ai me encaminharam para fazer o parto natural. Aconselho as mulheres a fazerem, porque a dor é só ali na hora, depois a recuperação é ótima. No meu primeiro filho eu senti muita dor após a cirurgia, por vários dias. O sofrimento do parto humanizado é grande, mas momentâneo. Nós mulheres temos essa força, então, conseguimos. Ainda mais com o apoio da equipe aqui da maternidade que sempre foi atenciosa e cuidadosa comigo nas minhas duas gestações”, informa.
Autor: Raquel Muniz
Foto: Lucas Alvarenga
Fonte: Ascom
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