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Educação desenvolve projeto sobre inclusão de pessoas com deficiência

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Publicado em:  10/10/2022

Alunos de escola municipal vivenciam dificuldades do dia a dia

Fechando uma semana de trabalhos sobre a inclusão, a Escola Municipal Maria Eulália Conceição de Oliveira Maciel, no bairro Raul Veiga, promoveu, nesta segunda-feira (10), a culminância do projeto “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos”. As turmas, que vivenciaram as dificuldades que uma pessoa com deficiência enfrenta, receberam a palestra do deficiente visual Pitter Mendes, além de fazerem uma roda de leitura, exposição de trabalhos e uma apresentação com o que foi pesquisado sobre o tema.

Cego desde os 18 anos, o professor Pitter Mendes não poupou esforços para atingir seus objetivos. Estudou, leu, tocou bateria em uma banda, escreveu livros e hoje em dia ministra aulas de informática para deficientes visuais. Ele acredita que, contando um pouco de sua trajetória, pode estimular e encorajar os alunos.

“Geralmente eu procuro explorar nas minhas palestras as próprias curiosidades que eles têm a respeito da minha rotina, como eu dou aula, como toco bateria, como escrevo livro, entre outras. O meu objetivo é sempre passar para os alunos a vivência mesmo. Através da minha fala, eles podem pensar em soluções também para as próprias dificuldades”, disse o palestrante.

Para o projeto, cada turma estudou sobre uma deficiência e a aluna Victória Maia, do 8º ano, ficou na sala que entendeu um pouco mais sobre o dia a dia de um deficiente visual. Durante a pesquisa, ela foi uma das escolhidas para o experimento de colocar uma venda nos olhos e ser guiada por um colega de turma pelas dependências da escola.

“Foi como se nós estivéssemos vivendo como uma pessoa cega, tivemos a experiência de como andar, percebemos a dificuldade dos degraus e das rampas. Foi bem difícil, porque mexe com a nossa visão, que é tudo para a gente. Além disso, também teve a questão de confiar plenamente na pessoa que estava nos guiando, eu fiquei perdida e por um momento me deu um certo desespero de não estar enxergando nada. Depois de um tempo, com a pessoa me guiando com cuidado, eu comecei a confiar”, afirmou a aluna.

Autor: Ascom
Foto: Julio Diniz
Fonte: Ascom

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