Discussão sobre acessibilidade e garantia de direitos marca “I Seminário da pessoa com deficiência”

Mais de 20% da população brasileira possui algum tipo de deficiência. Para assegurar e pensar políticas públicas que garantam os direitos dessa parcela da população, a Secretaria Municipal de Políticas para a Mulher, Idoso e Pessoa com Deficiência realizou, nesta quarta-feira (05), o I Seminário sobre Deficiência com o tema “Dependência e Autonomia”. Com a presença de entidades da sociedade civil, líderes e representantes do Governo, a atividade que aconteceu no Ministério Público de São Gonçalo foi um marco na discussão dos direitos da pessoa com deficiência.

“Nosso dever e nossa luta é que todos e todas tratem as pessoas com deficiência com dignidade, e para isso promover espaços como esse de conscientização e informação para a população é de grande importância. Temos aqui pessoas que têm comprometimento em olhar com dignidade para a vida de todos. A mudança depende de cada um de nós, e para isso precisamos não só falar, mas agir e nos mobilizar”, disse a subsecretária de pessoa com deficiência, Tania Loyola.

A programação contou com uma roda de conversa com os temas “Reabilitação humana, trabalho e inserção social”, com a psicóloga e professora da Universidade Federal Fluminense (UFF), Maudety Braga, e “Acessibilidade atitudinal”, com a advogada e consultora da Comissão Nacional dos Direitos das pessoas com deficiência do Conselho Federal da OAB, Deborah Prates.

“Sem investimento em educação, conscientização e sensibilização nós não vamos chegar a lugar algum. Uma cidade acessível não é apenas para as pessoas com deficiência, é para todos. Se engana quem pensa que uma rampa é apenas para o cadeirante, ela serve para o trabalhador transportar sua mercadoria, uma mãe se locomover com um carrinho de bebê, um idoso ter mais acessibilidade, então a gente tem que parar com esse negócio de que cidade acessível é só para quem tem deficiência. Entretanto, a invisibilidade social nos assola, mas sejamos nós a mudança que queremos ver no mundo”, disse a advogada Deborah Prates.

Em São Gonçalo, a Subsecretaria de Pessoa com deficiência realiza um trabalho de inclusão e acompanhamento do público, realizando inclusive encaminhamentos para o mercado de trabalho. De acordo com o prefeito José Luiz Nanci, a inclusão é o caminho para uma sociedade mais justa e melhor para todos.

“O respeito à diversidade e às diferentes expressões de cada um em sua potencialidade transformarão não só a nossa cidade, mas a sociedade como um todo, em um lugar melhor”, disse.