Dia dos Pais especial para casal do Família Acolhedora

O Dia dos Pais deste ano vai ser especial para o consultor Demétrius Venscelau, 35 anos, um dos pais acolhedores do “Família Acolhedora”, projeto que oferece um lar temporário a crianças de 0 à 6 anos em situação de vulnerabilidade social. É que este vai ser o primeiro ano que ele vai comemorar a data junto à M., de 1 ano e quatro meses e sua filha acolhedora há três meses. Junto com seu parceiro, o estudante Cristian Lessa, 25 anos, o casal vai preparar um almoço especial para celebrar a data e a nova experiência na vida deles.

“Ela abriu na minha linha do tempo uma história que nunca vai se apagar. É um sentimento de amor e carinho que trocamos um com o outro que vou levar para sempre na minha vida”, afirmou Demétrius, que conheceu o projeto através da internet: “Eu nunca me imaginei sendo pai de uma criança, mas sempre tive um desejo muito grande de participar de trabalhos voluntários. Até que depois de pesquisar bastante, tomei conhecimento do Família Acolhedora. A gente sabe que em algum momento esse vínculo terá que ser cortado, mas saber que em uma determinada fase da minha vida eu peguei uma criança em estado de abandono, levei para a minha casa para ajudar a amenizar o sofrimento dela, me faz sentir alegria e a sensação de dever cumprido como cidadão”, explicou ele.

O serviço da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social está completando 20 anos e durante todo esse tempo mais de 200 crianças já receberam um lar temporário. Atualmente 23 famílias estão cadastradas no projeto e 19 crianças estão sendo acolhidas. Para o prefeito José Luiz Nanci, o projeto ajuda a garantir um futuro mais promissor para esses jovens.

“Investir em um programa como o Família Acolhedora reafirma o nosso compromisso quanto governo de cuidar das pessoas. Poder proporcionar um lar, ainda que temporário, a tantas crianças em situação de vulnerabilidade, é também contribuir para um futuro melhor para todas elas. É lutar pelo direito a infância e de ser criança”, afirmou o prefeito.

Para ser um acolhedor precisa ter entre 24 e 65 anos; ter residência fixa em São Gonçalo; ter consciência de que o acolhimento é temporário; oferecer cuidado e proteção à criança acolhida.

“O acolhimento em um lar faz com que essa criança, que já vem de um quadro bem delicado de vulnerabilidade, receba um cuidado mais particularizado e com muito mais qualidade do que se estivesse em um abrigo ou orfanato. E existem muitas crianças esperando para serem acolhidas. Amor é o quesito principal para ser um acolhedor”, afirmou Dina Márcia Monteiro, assistente social e coordenadora do projeto.

Durante o acolhimento, tanto as crianças quanto a família de origem e a família acolhedora recebem apoio e orientação da equipe técnica da secretaria. Quem quiser obter mais informações é só ir à sede da Secretaria que fica na Rua Uriscina Vargas, 36, Alcântara, ou ligar para 3719-2473.