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Curso debate sobre práticas de enfrentamento à violência contra a mulher

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Publicado em:  12/06/2019

De acordo com dados do Dossiê Mulher, 62% dos feminicídios registrados no Rio de Janeiro em 2018 ocorreram dentro da residência da vítima. Para debater com a rede de assistência sobre violência doméstica e outros tipos de violência, a Secretaria de Políticas Públicas para o Idoso, Mulher e Pessoa com Deficiência, em parceria com a Universidade Federal Fluminense, realizou nesta quarta-feira (12) a segunda aula do IV Curso de Extensão Interseccionalidade, Rede e as Práticas de Enfrentamento à Violência, no Ministério Público, em Santa Catarina. O encontro também abordou a história do movimento de mulheres e a construção de políticas públicas para enfrentamento da violência.

As mulheres representam cerca de 50% da população mundial e há uma desvantagem sistemática das mulheres em relação aos homens em quase todos indicadores sociais. Com o tema “Interseccionalidade, Rede e Movimentos de Mulheres”, a atividade contou com palestra ministrada por Luciene Medeiros, mestre em serviço social pela PUC-RJ, que destacou a importância do enfrentamento à violência de gênero, tipo de violência que a mulher sofre só pelo fato de ser mulher.

“Como em todos os municípios, infelizmente, em São Gonçalo também há uma desigualdade estrutural entre as mulheres e os homens. É preciso pensar e refletir as estratégias de enfrentamento da desigualdade de gênero na sociedade brasileira”, afirmou Luciene.

A pedagoga e vice-presidente do Conselho Municipal de Direitos da Mulher de Duque Caxias, Ivanete Silva, também participou do evento e falou sobre a necessidade desse tipo de debate com profissionais da assistência.

“É fundamental essa iniciativa de reunir profissionais da rede para debater e ter acesso a informações sobre o nosso cotidiano, do movimento de mulheres, das organizações e instituições. Infelizmente os índices permanecem altos em todo o estado do Rio de Janeiro, principalmente na Região Metropolitana. Esse debate se faz necessário por conta da vivência dessas mulheres ainda submetidas à condição de exploração e subjugação historicamente, colocada pelo patriarcado”, disse Ivanete.

Para Andréa Machado, subsecretária de Políticas Públicas para a Mulher, essas capacitações resultam em aprendizados e trocas de experiências para as equipes técnicas nos atendimentos às vítimas.

“Muitas vezes o medo e a opressão impedem a mulher de romper o ciclo de violência. É importante conhecer sinais e denunciar, por isso ter profissionais capacitados e com um olhar mais cuidadoso garante um atendimento de mais qualidade a essas pessoas”, concluiu Andréa.

Autor: Luciana Pimentel
Foto: Divulgação

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