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Campanha Janeiro Roxo faz alerta sobre a Hanseníase

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Publicado em:  13/01/2024

Durante todo o mês, unidades de saúde de São Gonçalo realizam palestras de prevenção e tratamento da doença

O Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase é lembrado no dia 31 de janeiro. Com o tema “Hanseníase – Não tenha preconceito. Identifique, trate e cure”, a campanha Janeiro Roxo terá palestras sobre a importância da prevenção e do tratamento adequado da doença em polos sanitários e clínicas de São Gonçalo (veja programação abaixo). As unidades de saúde da família (USFs) também farão orientações sobre a doença nas salas de espera durante todo o mês. 

As ações serão realizadas pela equipe do Programa Municipal de Hanseníase para incentivar a suspeição, rastreio da doença e diagnóstico para iniciar o tratamento precoce, interrompendo a cadeia de transmissão e proporcionando a prevenção das incapacidades físicas. A hanseníase tem cura e o tratamento é totalmente gratuito e disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, melhor o resultado e menor a chance do paciente ter sequelas físicas

“A sensibilização e educação da comunidade são importantes estratégias de disseminação e conhecimento para a busca ativa de novos casos e faltosos por meio de campanhas educativas em saúde. As campanhas também servem para a quebra do estigma e discriminação, mas a principal meta é o diagnóstico para a realização do tratamento precoce”, explicou Marcele Cristine de Oliveira Guedes, cordenadora do Programa Municipal de Hanseníase.

A população deve levar a sério a importância de vigiar o próprio corpo, buscando atendimento médico caso encontre mancha esbranquiçada, avermelhada ou amarronzada que não coça e altera a sensibilidade da pele ao calor, à dor e ao tato. Após a confirmação da hanseníase, o tratamento se torna importantíssimo, já que a doença pode levar à incapacidade física irreversível.

O tratamento da hanseníase só é feito na rede pública de saúde e leva de seis meses a um ano. O paciente recebe, mensalmente, a medicação para o tratamento. Em São Gonçalo, os atendimentos e tratamentos acontecem nos polos sanitários Hélio Cruz, em Alcântara; Augusto Sena, em Rio do Ouro e Washington Luiz Lopes, no Zé Garoto, sempre de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h.

Dados – Em 2023, foram diagnosticados em São Gonçalo 30 casos novos de hanseníase. Houve redução de 15 casos comparados ao ano anterior. Do total de casos novos, 18 ocorreram no sexo masculino, o que corresponde a 60%; e 12 no sexo feminino, sendo uma menor de 15 anos, o que corresponde a 40%. 

Do total de casos novos, 4 foram diagnosticados com grau 2 de incapacidade física (GIF). Casos notificados com GIF 2 evidenciam diagnóstico tardio, devido ao maior grau de comprometimento físico ocasionado pela hanseníase.

A taxa de detecção geral de casos novos de hanseníase ficou em 3 casos por 100 mil habitantes em 2023, apresentando um parâmetro de endemicidade médio no município. Já a taxa de prevalência anual de hanseníase (todas as pessoas que têm e tratam a doença na cidade) ficou em 0,3 casos por 10.000 habitantes em 2023, apresentando um parâmetro de endemicidade baixo no município. 

Programação

– 17/01 – Às 10h, na Clínica da Família Dr. Zerbini, Arsenal: Palestra “Combate ao estigma e discriminação da Doença Hanseníase” e aplicação do teste rápido para população presente;

– 18/01 – Às 15h, no Polo Sanitário Hélio Cruz, Alcântara: Palestra “Aspectos Clínicos da Hanseníase” para população;

– 19/01 – Às 10h, no Polo Sanitário Washington Luiz, Zé Garoto: Palestra “Autocuidado” para população;

– 25/01 – Às 10h, no Polo Sanitário Paulo Marques Rangel: Palestra “Aspectos Clínicos da Hanseníase” para população;

– 26/01 –  Às 10h, no Polo Sanitário Augusto Sena, Rio do Ouro: Palestra “Combate ao estigma e discriminação da Doença Hanseníase” para população;

– 31/01 – Às 10h, na Clínica Gonçalense do Mutondo: Palestra “Combate ao estigma e discriminação da Doença Hanseníase”.

A Doença 

A hanseníase é uma doença transmissível que acomete a pele e os nervos da face, braços, mãos, pernas e pés de crianças e adultos. Sua principal característica é uma mancha esbranquiçada, avermelhada ou amarronzada em qualquer parte do corpo, que não coça e altera a sensibilidade da pele ao calor, à dor e ao tato. 

A doença também pode se manifestar através de caroços e inchaços no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos. Também pode dar a sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, mãos, pernas e pés. 

As áreas acometidas podem sofrer com diminuição de pelos e suor e pode ocorrer o engrossamento do nervo que passa pelo cotovelo, levando a perda da sensibilidade e/ou diminuição da força do quinto dedo. 

Ela é transmitida por meio das vias aéreas, fala, tosse ou espirro e se dá por meio de uma pessoa doente e sem tratamento. No entanto, ela não passa através de contato, como abraço, aperto de mão ou qualquer tipo de carinho. Se não tratada, ela pode causar deformidades físicas e incapacidades.

Endereços dos Polos Sanitários

. Hélio Cruz: Rua da Concórdia, s/nº, Alcântara

. Augusto Sena: Avenida Eugênio Borges, s/nº, km 7, Rio do Ouro 

. Washington Luiz Lopes: Praça Estephânia de Carvalho, s/nº, Zé Garoto

Autor: Ascom
Foto: Fabio Guimarães

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