Audiência Pública discute feminicídio

O tema feminicídio foi discutido, na manhã desta terça-feira (07), em audiência pública realizada na Câmara Municipal de São Gonçalo. A proposta, do vereador Alexandre Gomes, visa despertar nas mulheres vítimas de violência a necessidade da denúncia.

“A violência contra a mulher é uma realidade em todo o país e em São Gonçalo não é diferente. Nós, enquanto governo, precisamos cuidar e oferecer toda a assistência necessária para as mulheres do nosso município. É importante que a Câmara de Vereadores traga esse assunto ao debate, envolvendo a população, os movimentos sociais e o governo, que trabalha com políticas públicas no enfrentamento da violência contra a mulher”, ressalta a secretária de Políticas Públicas para o Idoso, Mulher e Pessoa com deficiência, Marta Maria Figueiredo.

Participaram da mesa de discussão, a subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Andréa Machado, a diretora executiva do Movimento de Mulheres, Oscarina Siqueira, a diretora de projetos, Marisa Chaves, a Presidente da Comissão de enfrentamento à violência contra a mulher da OAB-SG, Elenice Batista, além dos vereadores Alexandre Gomes e Professor Paulo.

Garantia de direitos e ações de combate à violência contra a mulher. Estes foram os requisitos fundamentais que levaram São Gonçalo, e outros 13 municípios do Estado do Rio de Janeiro, a receber o Selo Mais Mulher, em 2018. Segundo a subsecretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Andréa Machado, é importante o legislativo falar sobre um assunto extremamente relevante para ser discutido. “A violência contra as mulheres é uma violação dos direitos humanos e está presente em todas as classes sociais, etnias e faixa etária. É um problema de ordem pública. Por isso precisamos discutir esse assunto, porque assim conseguimos atrair a sociedade civil para o conhecimento de políticas públicas para as mulheres em nossa cidade”, afirma.

Dados do Dossiê Mulher, publicado pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), abordam os principais crimes que milhares de mulheres sofrem cotidianamente. Em 2017, o município de São Gonçalo integrou o ranking das 10 cidades com maiores números de violência psicológica, tentativa de estupro e lesão corporal contra a mulher. Em 2018, foram registrados na cidade, 6 homicídios dolosos, 27 tentativas de homicídio, 1628 lesões corporais, 229 estupros, 1561 ameaças, 1160 violência moral.

Redes de proteção – Além do 180 (Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência), a cidade de São Gonçalo ainda possui as redes de proteção através do Conselho dos Direitos da Mulher, localizado na Rua Uriscina Vargas, 36, Mutondo; Movimento de Mulheres, na rua Rodrigues da Fonseca, 201, Zé Garoto; Delegacia de Atendimento a Mulher (DEAM), na Avenida Dezoito do Forte, 578, Mutuá; e através do próprio CEOM, que funciona de segunda a sexta, das 9h às 17h, com atendimento presencial na Rua Camilo Fernandes Moreira, em Neves, ou ainda pelo telefone 96427-0012.