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02/05/2025
Equipe de Psicologia conquista avanços com os pacientes
É brincando com os pacientes que os psicólogos do Centro Especializado em Reabilitação (CER III), em Neves, conseguem a evolução das crianças da unidade. Com trabalho de muita perseverança e dedicação, eles fazem com que as terapias alcancem resultados positivos, incluindo os responsáveis, no que eles chamam de orientação familiar. A intenção é que toda a família participe dos tratamentos, que devem ter continuidade em casa.
Os psicólogos do CER conseguem entender as pessoas através dos seus comportamentos durante a terapia com o lúdico. “Nós trabalhamos com o lúdico porque a maioria não verbaliza. No brincar, a gente consegue usar a estratégia como instrumento para entender essa criança”, explicou a psicóloga Valéria Amaral.
Além das crianças, os pais também são atendidos. Eles são atualizados sobre o desenvolvimento do paciente e como proceder em casa. Esse contato é essencial para que os responsáveis passem a ter confiança no profissional que está cuidando do seu filho.
“Nós temos uma demanda muito grande de autismo, que traz as dificuldades das habilidades sociais, interação, comunicação, troca do olhar e a dificuldade cognitiva. E diante da proposta do que será feito, a gente também insere os pais para entender os desafios que eles passam no dia a dia. Nós precisamos dar continuidade no que a gente começa aqui em casa para a conquista e avanço na terapia”, contou Valéria.
O trabalho diferenciado é elogiado pelos pais. Há dois meses em tratamento no CER III, Artur José Rodrigues Dias, de 14 anos, que tem hidrocefalia, mudou o comportamento em casa e faz atividades que antes não conseguia. “Ele faz tratamento desde sempre em outros locais, mas nunca evoluiu. Nunca deu certo. Em apenas dois meses que está aqui, ele aprendeu a se vestir e ir ao banheiro sozinho. Ele não fazia nada sozinho. Estamos tratando a independência dele, pois não somos eternos”, disse o pai, o aposentado Antônio Carlos Dias, de 59 anos.
Valéria conta que o trabalho que os profissionais do CER desenvolvem é muito especial. “Não é qualquer pessoa que pode trabalhar com os especiais. É um chamado. É um dom que a pessoa tem. E é muito lindo ver o progresso dos pacientes, de ser útil, ser importante para aquela criança e para a família dela. E a gente sabe, aqui principalmente com a equipe multidisciplinar, que cada parte é muito importante. Mas a psicologia faz uma diferença enorme porque quando a mente não está bem, nada fica bem, nada funciona direito”, opinou.
Mesmo com diagnósticos parecidos, os pacientes são diferentes. E para cada um é traçado um plano terapêutico, que vai depender da queixa dos responsáveis e da possibilidade de desenvolvimento das habilidades de cada um, que é sempre único. Com a proposta de tratamento montada, o paciente só recebe alta quando o objetivo terapêutico é conquistado.
“Normalmente, eles chegam aqui totalmente desorganizados: eles não param, nada chama atenção. O objetivo é organizar, colocar ordens nas coisas para o desenvolvimento do paciente. A missão é, se for preciso, inventar e reinventar a todo momento, aprendendo com eles e seus limites. O que serve para um, muitas vezes não serve para outro. Eles têm potencialidades únicas a serem desenvolvidas. E a boa alta é quando você traça o objetivo terapêutico e consegue alcançar”, finalizou Valéria.
Regulação – Todas as consultas para as unidades de saúde da rede pública de São Gonçalo são marcadas através da Central de Regulação da Semsa. Para marcar, o gonçalense pode procurar qualquer unidade de saúde da rede municipal, independente se será atendido naquele local. As unidades inserem os pacientes no sistema da Central de Regulação, que vai entrar em contato – através do telefone – para avisar sobre a marcação do serviço, que será agendado em local que for mais próximo de sua residência.
É necessário que os pacientes mantenham um telefone que funcione e esteja atualizado no cadastro. O contato e endereço do morador também podem ser atualizados em qualquer unidade de saúde. Se houver alguma pendência no pedido, os funcionários das unidades de saúde avisam ao paciente para que regularize a situação. Com qualquer pendência, o paciente não é chamado.
Autor: Ascom
Foto: Danilo Lugli
Fonte: Ascom
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