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Ações Pedagógicas realiza o seminário

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Publicado em:  21/11/2019

A Subsecretaria de Ações Pedagógicas de São Gonçalo realizou, na última terça-feira (19), no auditório do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, o seminário “Enfrentamento ao Abuso Sexual: Juventude Protegida”. O encontro, que aconteceu em Santa Catarina, contou com a participação de diversos especialistas sobre o tema.

O seminário teve palestra do psicólogo e policial civil, Emerson Brant, da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV), com formação técnica de escuta especializada a crianças vítimas de abuso sexual, pela Polícia Montada do Canadá; Maura de Oliveira, escritora, professora e palestrante, ex-menina de rua, que sofreu abuso sexual durante parte de sua infância. A história de Maura é exemplo de superação: autora de livros como “Menina de Ontem” e “Anjos na Escuridão – Desmascarando a Pedofilia”, Maura é uma das palestrantes mais requisitadas do país e já viajou o mundo todo falando sobre a sua experiência. Bárbara Maria Ferreira, assistente social do Núcleo Especial de Atendimento à Criança e ao Adolescente Vítima da Violência Doméstica e Sexual, (NEACA), também ministrou palestra durante o evento.

O público foi formado por diversos profissionais das escolas municipais de São Gonçalo. O objetivo do seminário foi levar conhecimento técnico aos profissionais da Educação para que possam identificar possíveis sinais de violência sexual nos alunos, destacando que não existe uma síndrome, um conjunto de sintomas que seja específico do abuso sexual, e que nem todas as vítimas apresentam os mesmos sinais. No entanto, na escola, alguns sinais comportamentais, emocionais ou cognitivos acabam ficando evidentes, o que destaca a importância de o professor estar atento a quaisquer mudanças no comportamento da criança.

Mudanças repentinas indicam que há algo errado, que pode ser violência sexual ou outra situação. A criança ou o adolescente pode ter comportamento mais isolado, dificuldade de relação com colegas, retraimento e demonstrar medo de uma figura adulta, do próprio agressor ou de pessoas que o lembrem. Nos casos de violência sexual com contato físico, também podem ter comportamento hipersexualizado. Por isso é preciso estar atento aos sinais que os alunos possam estar transmitindo.

“O destaque deste trabalho é conscientizar os professores do seu papel, no que diz respeito a importância de saber ter uma escuta, para fazer a diferença na vida de uma criança e assim poder cessar situações de abuso e violência física e sexual, que são muito comuns nos dias de hoje, principalmente dentro da família, infelizmente. Somente através do conhecimento como os pedófilos atuam e como abordar as crianças de forma adequada, através de técnicas específicas, é possível contribuir para por um ponto final na violência, permitindo à criança a possibilidade dela ser escutada, ou seja, dando voz ao clamor da vítima”, declarou Emerson Brant.

“Por princípio, a escola é um local de produção e circulação do conhecimento. Temos que tratar de todos os assuntos, de todas as dúvidas dos alunos; olhar para o que as crianças trazem como demanda – por mais difícil que seja –, e discutir da maneira mais competente possível. Por este motivo a realização do seminário, com profissionais gabaritados e atuantes na questão do combate à pedofilia para trazer formação para os nossos professores”, afirmou Gisele Herdy Dutra, subsecretária de Ações Pedagógicas de São Gonçalo.

Serviço – O Disque Direitos Humanos, ou Disque 100, é um serviço de proteção de crianças e adolescentes com foco em violência sexual, vinculado ao Programa Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, da da Subsecretaria de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente, da Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SPDCA/SEDH). Trata-se de um canal de comunicação da sociedade civil com o poder público, que possibilita conhecer e avaliar a dimensão da violência contra os direitos humanos e o sistema de proteção, bem como orientar a elaboração de políticas públicas.

Autor: Ascom
Foto: Divulgação
Fonte: Semed

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