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Ação mobiliza população contra o trabalho infantil em SG

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Publicado em:  27/02/2019

O estado do Rio ocupa a primeira posição no Brasil com o maior número de crianças em situação de trabalho infantil urbano: mais de 70 mil. Em São Gonçalo, com o objetivo de garantir que esse número não aumente e que todas as crianças e suas famílias tenham os seus direitos assegurados, a secretaria de Desenvolvimento Social, através do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), realizou hoje a 1ª Mobilização contra o Trabalho infantil no Carnaval. Na praça do relógio, em Alcântara, centenas de pessoas puderam conhecer o programa.

“Lugar de criança é na escola. Eu falo sempre com meus filhos e netos sobre isso. Sei que a situação de muitas famílias é difícil, mas precisamos proteger as nossas crianças. Eu espero que muita gente conheça esse trabalho e possa alertar ainda mais pessoas”, disse a aposentada Vera Lúcia Dias da Silva, moradora do bairro Vista Alegre, que passeava com os dois netos e foi abordada durante a atividade.

De acordo com a lei, a idade mínima para o ingresso no mercado de trabalho é 16 anos, e a partir dos 14 apenas como jovem aprendiz. Entretanto, as estatísticas apontam uma outra realidade. No Brasil, mais de 1 milhão de crianças de cinco a 15 anos estão em situação de trabalho infantil, de acordo com a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). E a região sudeste é um dos locais onde a prática é mais comum. Além de crime, é um dos indicadores responsáveis pela evasão de escolas em todo país.

“Com a proximidade do Carnaval decidimos intensificar as ações e estar mais próximo da população, alertando sobre os perigos do trabalho infantil e conversando com as pessoas. Nas abordagens dos centros comerciais de São Gonçalo constatamos que cerca de 200 crianças estão em situação de trabalho infantil urbano, sejam nos sinais, como ambulantes ou acompanhando seus familiares no trabalho. Além de identificar essas famílias, realizamos o acompanhamento delas juntos aos CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) e CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), incluindo no cadastro único, acompanhando a situação escolar e tudo que esteja ligado ao bem estar dessa criança e do seu círculo familiar”, disse Susana Gonçalves, coordenadora do Peti.

Dentre as formas de denunciar uma situação de trabalho infantil estão o Disque 100 ou pessoalmente nos CREAS e Conselhos tutelares da região. Para a secretária de Desenvolvimento Social, Marta Maria Figueiredo, ações como essa, além de assegurar direitos, aproximam cada cidadão da luta pelo fim das violências e violações: “É dever do poder público estar próximo das pessoas. As políticas precisam chegar a população, e ações como essa, além de informar, empoderam as pessoas dos seus direitos, contribuindo assim para uma luta que é de todos nós!”, afirmou.

Autor: Thayná Valente
Foto: Lucas Alvarenga

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