Início > Políticas Públicas sobre Álcool e outras Drogas > Ação integrada para resgate da cidadania em São Gonçalo

Ação integrada para resgate da cidadania em São Gonçalo

Compartilhe isso:


Publicado em:  20/07/2021

Assistência Social, Políticas Sobre Álcool e Drogas e Saúde atendem população em situação de rua no Alcântara

Garantir necessidades imediatas e direitos às pessoas em vulnerabilidade social nas ruas do Alcântara. Dessa forma, a Prefeitura de São Gonçalo realizou uma ação integrada entre as secretarias de Assistência Social, Políticas sobre Álcool e Drogas e Saúde e Defesa Civil, na noite desta segunda-feira (19), em dois pontos do bairro que concentram população em situação de rua. As ações acontecem semanalmente, em diferentes pontos da cidade.

A ação conjunta entre secretarias foi realizada em período noturno, horário em que o comércio já encerrou suas atividades e muitas pessoas se abrigam em portas de bancos e lojas para poder passar a noite. As equipes realizaram abordagens às pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social, fazendo cadastros e encaminhamentos para atendimento nos equipamentos da Prefeitura, como o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) e o Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps-AD), especializado no atendimento aos usuários de álcool e outros entorpecentes. O período de inverno, com suas baixas temperaturas, também foi levado em conta,com a doação de casacos e cobertores para enfrentar o frio.

A pandemia de coronavírus e os danos sobre a economia mostram seus impactos nas ruas de São Gonçalo.

“Muitas dessas pessoas têm formação, exerciam alguma atividade profissional antes da pandemia e hoje estão nas ruas. Cabe a nós, como agentes do poder público, direcionar essas pessoas para serem reintegradas à sociedade e terem a oportunidade de retomar suas vidas, destacou Edinaldo Basílio, secretário de Assistência Social.

“Essas ações que realizamos são compromissos determinados pelo prefeito Capitão Nelson, especialmente nesse momento de pandemia, atendendo necessidades imediatas como a do frio, com a doação de agasalhos, sempre olhando pelo próximo, orientando e dando dignidade”, completou o secretário de Políticas Sobre Álcool e Drogas, Wanderson Dias.

Uma equipe do Consultório na Rua também foi acionada para as abordagens, oferecendo serviços de saúde, como marcação de consultas em postos e exames médicos . Equipes da Assistência Social viabilizam emissão de documentos de identificação e encaminhamento para serviços de distribuição de renda, como o Bolsa Família.

Atenção às histórias de vida

O olhar dedicado às singularidades e histórias das pessoas que sofrem esses impactos provocados pela pandemia norteia as ações durante as abordagens, como destacou o subsecretário de Proteção Social Especial, Alan Rodrigues.

“As abordagens têm o objetivo de compreender o caminho que cada uma dessas pessoas trilhou até aqui para dar o encaminhamento correto e iniciar os atendimentos. É um trabalho complexo e minucioso. Mesmo diante das recusas, que muitas vezes acontecem nas abordagens, não desistimos”, disse.

Uma dessas histórias é a de Marcos Antônio, com qualificação e experiência profissional na construção civil, há um ano está nas ruas, após ter problemas com uso de entorpecentes e ficar desempregado. Sem ter condições de manter o aluguel de sua casa, agora integra a população em situação de rua, mas tem sido assíduo no Centro Pop e nas consultas realizadas no Caps-Ad, do Alcântara (Caps- AD III), em busca da reintegração social.

“Já trabalhei como vigilante, sou alpinista industrial, marteleteiro, trabalhei de barman, tenho ensino médio completo. Tive uma queda na vida com uso de drogas. Faço acompanhamento psicológico no Capsi e estou buscando esse apoio”, disse.

No entanto, a reinserção social e no mercado de trabalho enfrenta a arcaica barreira do preconceito.

“É um preconceito que muitos ainda têm. Acham que porque a pessoa está na rua, necessariamente tem que estar suja, sob efeito de drogas. Há muitas pessoas na rua com profissão, mas tiveram erros na vida e perderam seus empregos, não conseguiram mais pagar suas próprias contas”, finalizou Marcos Antônio.

Autor: Ascom
Foto: Renan Otto
Fonte: Ascom

Notícias relacionadas

Skip to content