Avaliar as políticas públicas para as mulheres de São Gonçalo, apontando prioridades e diretrizes para a elaboração do 2º Plano Municipal de Políticas para as Mulheres. Com estes objetivos, o Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Mulher, com o apoio da Secretaria de Políticas Públicas para o Idoso, Mulher e Pessoa com Deficiência (Semimd), realizou, nos dias 8 e 9 de novembro, a 8ª Conferência Municipal de Políticas para Mulheres, no Teatro Carequinha, em Neves.
Com o tema “Garantias e Avanços de Direitos das Mulheres: Democracia, Respeito, Diversidade e Autonomia”, a Conferência reuniu Conselheiros de Direitos, entidades governamentais e movimentos da sociedade civil que atuam no fortalecimento de políticas públicas em São Gonçalo.
Na sexta-feira (8), após a execução do hino nacional, a presidente do CMDM e subsecretária de Políticas Públicas para Mulheres, Andréa Machado, fez a abertura da Conferência e falou sobre a falta de representatividade feminina na Câmara Legislativa.
“Poder estar realizando a 8ª Conferência da Mulher é de extrema importância e é um ganho para todas nós. Nosso município realizou a sua primeira Conferência em 1997 e nós estamos à frente da Estadual e da Nacional. São Gonçalo é pioneiro em tantas coisas, como o Centro Especial de Orientação à Mulher (Ceom), porém nós temos hoje 27 homens legislando na nossa Câmara Legislativa, mas não temos uma mulher para representar as demandas das mulheres, que pense como nós. Essa Conferência está sendo um momento para que nós possamos, de fato, escolher propostas firmes que vão para o Estado e que cheguem a nível nacional”, afirmou Andréa.
Além de Andréa, a mesa de abertura foi formada pela presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Helena Piragibe; vice-presidente do CMDM-SG, Rita de Cássia da Costa; coordenadora geral do Fórum de Mulheres Negras, Avanir Carvalho; advogada Marília Boldt, além da secretária da Semimd, Marta Maria Figueiredo, que destacou a importância do trabalho em rede.
“O trabalho em rede é essencial na conquista de políticas públicas e sem essa rede nada funciona, seja na esfera municipal, estadual ou federal, ninguém faz nada sozinho. Trabalhar questões públicas hoje é um complicador, é buscar direitos e hoje nós temos todos os conselhos de direito instalados no nosso município que discutem, se reúnem e estão em parceria com todas as representações governamentais e não governamentais buscando discutir políticas públicas para o município. Que essa Conferência resulte em propostas substanciais, seguras e maduras em prol das nossas mulheres”, ressalta Marta.
A Conferência Magna foi conduzida pela mestre e doutora em Serviço Social, Luciene Alcinda de Medeiros, que falou sobre as garantias e avanços de direitos das mulheres.
“Precisamos reavivar o conceito da igualdade de direito à diversidade, porque homens e mulheres são iguais nos seus direitos e isso deve ser o princípio que norteará todas as políticas públicas”, destaca Luciene.
O grupo Oficina da Dança Angélica Maria encerrou o primeiro dia com uma apresentação musical propondo uma reflexão sobre o respeito às mulheres, independente de suas diferenças.
No sábado a programação teve início com a apresentação do monólogo “Mujeres de Arena” da atriz Rosite Val. Em seguida aconteceu a leitura e aprovação do regimento interno. Para debater sobre os três eixos temáticos em volta do tema central, foram convidadas a psicóloga especialista em violência doméstica contra a criança e adolescente, Adriana Faria Lins; a mestre em serviço social, Marisa Chaves; e a doutora e mestre em Política Social, Luciana Bittencourt.
Após a apresentação e aprovação das propostas dos eixos foram eleitos os delegados que representarão o município na Conferência Estadual que será realizada em 2020.
Autor: Luciana Pimentel
Foto: Lucas Alvarenga
Fonte: SMDS
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