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São Gonçalo capacita agentes para combate à hanseníase

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Publicado em:  12/01/2022

Município segue orientação do Ministério da Saúde

Embora as pessoas evitem falar, a hanseníase precisa sempre ser lembrada e esclarecida. A doença tem seu Dia Nacional de Combate e Prevenção no último domingo de janeiro (30), mas as ações sobre a doença começam, nesta quinta-feira (13), em São Gonçalo, quando agentes comunitários passarão por capacitação para atender a novas exigências do Ministério da Saúde. Além da qualificação dos profissionais, a Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil de vai ampliar o atendimento para os usuários – passando de três para quatro polos sanitários – e fará ações nas salas de espera durante o mês de janeiro.

Por determinação do Ministério da Saúde, que segue com a campanha “Não Esqueça da Hanseníase”, os agentes comunitários de todo o país terão que passar a fazer o questionário de suspeição de hanseníase nas visitas às casas a partir deste ano. Assim, a Coordenação do Programa de Hanseníase da secretaria, em parceria com o Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), vai capacitar os agentes para realizar este trabalho na cidade a partir desta quinta-feira (13).

“Esse novo questionário servirá para identificar casos suspeitos de hanseníase nas pessoas que não procuram atendimento médico para avaliação. Identificadas, elas serão encaminhadas para avaliação. E, confirmando o diagnóstico, já inicia o tratamento. É um projeto interessante, pois através dele, realizaremos busca ativa de casos novos silenciados, além de resgatar aqueles que abandonaram o tratamento por algum motivo”, explicou a coordenadora do programa, a enfermeira Mariana Lattanzi.

Outra melhoria importante para a população é a implantação de uma nova unidade de saúde para o tratamento da doença: o Polo Sanitário Paulo Marques Rangel, em Porto do Rosa, provavelmente a partir de fevereiro. Atualmente, os atendimentos e tratamentos acontecem nos polos sanitários Hélio Cruz, em Alcântara; Augusto Sena, em Rio do Ouro e Washington Luiz Lopes, no Zé Garoto, sempre de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.

Outras ações irão acontecer para esclarecer a população sobre a doença. As equipes das unidades de saúde falarão sobre a hanseníase nas salas de espera. O objetivo é alertar a população sobre a importância de vigiar o próprio corpo e alertar pacientes sobre o diagnóstico precoce da doença, que pode levar à incapacidade física irreversível se não for tratada no início. Sua principal característica é uma mancha esbranquiçada, avermelhada ou amarronzada em qualquer parte do corpo, que não coça e altera a sensibilidade da pele ao calor, à dor e ao tato.

“Por se tratar de uma mancha que não coça, não dói e só tem alteração de sensibilidade, o indivíduo não dá muita importância. É importante ficar atento aos sinais e procurar uma unidade de saúde para diagnóstico, o mais rápido possível, para iniciar o tratamento. Hanseníase tem cura e o tratamento é totalmente gratuito e disponível no SUS. Quanto mais cedo for diagnosticada e tratada, melhor o resultado e menor a chance do paciente ter sequelas físicas”, disse Mariana Lattanzi.

A doença

A hanseníase é uma doença transmissível que acomete a pele e os nervos da face, braços, mãos, pernas e pés de crianças e adultos. É transmitida por meio das vias aéreas, fala, tosse ou espirro e se dá por meio de uma pessoa doente e sem tratamento. No entanto, ela não passa através de contato, como abraço, aperto de mão ou qualquer tipo de carinho. Ela tem cura e o tratamento é gratuito. Se não tratada, ela pode causar deformidades físicas e incapacidades.

Outras características da doença

Além das manchas e da alteração de sensibilidade, a doença pode se manifestar através de caroços e inchaços no corpo, em alguns casos avermelhados e doloridos. Ela também pode dar a sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços, mãos, pernas e pés. As áreas acometidas podem sofrer com diminuição de pelos e suor e também pode ocorrer o engrossamento do nervo que passa pelo cotovelo, levando a perda da sensibilidade e/ou diminuição da força do quinto dedo.

Tratamento

O tratamento da hanseníase só é feito na rede pública de saúde e leva de seis meses a um ano. O paciente recebe, mensalmente, uma cartela com os comprimidos.

Endereços dos Polos Sanitários

Hélio Cruz: Rua da Concórdia, s/nº, Alcântara

Augusto Sena: Avenida Eugênio Borges, s/nº, km 7, Rio do Ouro

Washington Luiz Lopes: Praça Estephânia de Carvalho, s/nº, Zé Garoto

Autor: Ascom
Fonte: Ascom

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