Assistência Social
Aulas na Padaria Escola seguem a todo vapor
21/04/2025
Apenas em 2015, o serviço de Disque Denúncia da Secretaria de Direitos Humanos (SDH) registrou 162 mil relatos de violência física, psicológica e sexual contra crianças e adolescentes em todo Brasil. E o número só aumenta. Esses são alguns dos fatores que levam os jovens às moradias temporárias, onde são acolhidos por equipes multidisciplinares, formadas por educadores sociais, psicólogos e assistentes sociais. Com o objetivo de humanizar a assistência e tornar o atendimento um caminho de autonomia e novas possibilidades, a Secretaria de Desenvolvimento Social, por meio da Subsecretaria de Programas Estratégicos e Serviços Especializados para Infância, Adolescência e Juventude, deu início ao Ciclo de Capacitação para o Reordenamento dos Serviços de Acolhimento.
O encontro conta com rodas de conversa, oficinas e troca de experiências entre os profissionais do Centro de Acolhimento e Cidadania (CAC), Casa de Apoio às Adolescentes e do programa Família Acolhedora, todos voltados para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Dentre as pautas do encontro estão os desafios da adolescência e da Proteção Integral de crianças e adolescentes; revisitando a adolescência: construindo conceitos e desconstruindo preconceitos; construção de formas de trabalho que garantam o fortalecimento familiar e a autonomia, além da promoção do acesso à cultura, artes e o direito a transitar na cidade como uma forma de fortalecer o sentimento de pertencimento e cidadania.
O ciclo de formação ainda terá atividades nos próximos dias 27 e 31 de maio. Já no dia 8 de junho, os profissionais farão uma visita ao Serviço de Acolhimento do Município do Rio de Janeiro. As atividades se encerram no dia 29 de junho com o alinhamento do Plano Político Pedagógico com todas as equipes técnicas.
Para a subsecretária da pasta, Maria Domingas, a importância de se pensar os conceitos de acolhimento e estruturar um trabalho intersetorial com os profissionais envolvidos no cuidado, reflete na maneira como as próprias crianças e adolescentes se veem nesses espaços. Reconhecendo o abrigamento não como um lar permanente, mas como um processo temporário de cuidado, garantia de direitos e encorajamento à construção de novas histórias, longe da violência
“Nós estamos repaginando e pensando juntos o conceito do que é o acolhimento. Pela legislação o abrigo deve ser um espaço acolhedor, como o próprio nome já diz. Nosso trabalho nos abrigos é estimular o jovem a acreditar e se empoderar da sua própria história. Vamos nos reestruturar e já estamos com um planejamento para dar início às obras que darão um novo rosto às casas. Não estamos investindo apenas em estrutura física, mas capacitando as equipes para que contribuam para a autonomia e independência de cada jovem e adolescente”, explicou a subsecretária.
Autor: Thayná Valente
Foto: Lucas Alvarenga
Fonte: SMDS
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